Governo Lula vai pagar mais 146 médicos para Campo Grande, diz superintendente da Saúde em MS

Aumento de profissionais refletiria na ampliação no horário de atendimento nas unidades de saúde, disse Ronaldo Costa

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Ronaldo de Souza
Superintendente Estadual do Ministério da Saúde em MS, Ronaldo de Souza (Herique Arakaki, Midiamax)

O Superintendente Estadual do Ministério da Saúde no Mato Grosso do Sul, Ronaldo Costa, disse durante discurso na tribuna da Câmara Municipal nesta quinta-feira (16) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve pagar mais 146 médicos para atender a saúde primária em Campo Grande.

Durante o discurso, o superintendente disse que o objetivo do Ministério da Saúde é ampliar o quadro de médicos em mais 146 profissionais e também o horário de atendimento nas unidades. Desta forma haveria uma equipe atendendo pela manhã e a outra, à tarde.

“Tivemos reunião com a secretaria de saúde, apresentamos uma proposta para ampliar a saúde primaria no município. O ministério banca o salário do médico e a rede amplie o horário de atendimento. Nós podemos ampliar, das 7h às 13h e 13h às 19h. Ao invés de ter apenas uma equipe, terão duas equipes”, explicou.

O superintendente explica que onde haveria uma equipe por unidade, passarão a ter duas e o horário de atendimento amplia em 50%, porque acaba hora de intervalo em almoço e aumentam duas horas, das 17h às 19 horas.

“Os médicos são do Programa Mais Médicos, mas as equipes serão completas, com médico(a), enfermeiro(a), Técnico(a) em enfermagem, e Agente de Saúde. Seriam 584 novos profissionais de saúde para o município. O Município ainda economizaria R$ 1.200.000,00 por mês, um total de R$ 15 milhões por ano”, pontuou.

Desta forma, o Município contrata o médico e o Ministério da Saúde arca com a folha dos novos profissionais. Ronaldo diz que a proposta foi apresentada em agosto e que superintendência aguarda retorno da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

“Existem gargalos na Saúde. Tem consultas e exames que a população não vai conseguir resolver porque não tem equipe [nas unidades]. Precisamos pegar o orçamento da Saúde e fazer um serviço público”, disse. Ronaldo ainda pontou a necessidade de um Hospital Municipal e da ampliação de leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva).

Prefeitura de Campo Grande

A Prefeitura de Campo Grande questionou as informações e afirmou que o número de médicos do programa no município é menor. Em nota ao Midiamax, explicou que “o município aderiu ao Programa Mais Médico no modelo de coparticipação que consiste na adesão voluntária do gestor local ao edital do Mais Médicos”.

Neste modelo, “o gestor autoriza que o valor da bolsa dos profissionais do programa seja descontado do repasse fundo a fundo que o Ministério da Saúde faz ao município, nas transferências regulares e automáticas que ocorrem todos os meses”.

A Prefeitura afirmou em nota que a proposta tem teto máximo de 249 médicos do programa Mais Médicos por meio deste modelo. “Desta maneira o município fez em 04 de agosto, por meio do sistema Gerência APS no e-Gestor AB, a solicitação de adesão à modalidade coparticipação do Projeto Mais Médicos para o Brasil (Edital SAPS Nº 11) no qual foram disponibilizados inicialmente pelo ministério somente 37 médicos e está em processo de análise junto ao órgão a complementação de mais 13 profissionais, conforme adesão realizada em 19/09/23”, disse a nota.

Por fim, apontou que “com este chamado totalizariam 50 profissionais que oportunizaram ao município ampliar mais 50 equipes de saúde da família. Portanto, não procede a fala de que o município não fez a adesão ao chamamento. Pelo contrário, estamos aguardando e esperamos celeridade por parte do Ministério da Saúde para que seja possível realizar tal ampliação”, finalizou a administração municipal.

*Matéria alterada às 16h59 para acréscimo do posicionamento da Prefeitura de Campo Grande.

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