Com chances do PP integrar base aliada do governo Lula, o PP (Progressistas) realizou reunião com congressistas nesta terça-feira (1º), em Brasília, para tratar de ‘princípios’. O deputado federal por Mato Grosso do Sul, Dr. Luiz Ovando (PP), disse ser contra aproximação da sigla com o petista e de André Fufuca (PP-MA) de assumir ministério.
A reunião discutiu eventual ida do líder do PP na Câmara a ministério. O encontro teria sido tumultuado, com parte dos congressistas receosos, esperando o que poderá vir de benefícios ao partido e outra parte, contra.
Em resposta à reportagem, Ovando não descartou que PP vá para a Esplanada dos Ministérios, mas tirou qualquer chance dele próprio integrar base aliada de Lula. “Tudo que está sendo especulado na mídia é possível, mas nada definido. Não faria, não [parte da base aliada]. Defesa de qualquer tema ou situação depende de convicção. Eu não tenho nenhuma do governo Lula, portanto, sem chance”, afirma.
Anteriormente, o deputado reafirmou que o partido segue sendo oposição ao Governo Lula, ‘mas uma oposição fundamentada em princípios e valores’.
‘PP já esteve com Temer e Dilma’
O presidente da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), Gerson Claro (PP), disse que enxerga a sigla como partido pragmático e que já esteve presente em governos anteriores, como de Michel Temer e Dilma Rousseff.
“Não vejo dificuldade. O PP é um partido pragmático. Já participou do governo Lula anteriormente, do governo do Temer, da Dilma, e por hora, como é um partido muito forte no Congresso Nacional, é comum que seja conversado. E nesse regime, de democracia representativa com partidos fortes é natural que tenha esse convite”, afirmou.
O deputado comentou que o PP tem modelo voltado para o centro, é natural que aconteça a proximidade. “Como o PP tem esse modelo pragmático de fazer política, mais voltado para o centro, é natural essa participação. Desde que seja uma participação republicana, nos debates daquilo que interessa para os Estados e Municípios”, comentou.
