Em 46 anos de história, Alems teve ‘sobe e desce’ de partidos que dominaram a política em MS
Nos 46 anos de Mato Grosso do Sul, o Jornal Midiamax analisou as últimas configurações da Assembleia Legislativa
Dândara Genelhú –
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Nos últimos 46 anos, a Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) teve diversas composições partidárias. Em todas elas, um partido tornou-se protagonista. Um verdadeiro “sobe e desce” de lideranças que, apenas nos últimos 12 anos, provocou destaque para três legendas na Casa de Leis.
Comemorando o 46º aniversário de criação, o estado de Mato Grosso do Sul já elegeu o MDB, PSDB e PT como dominantes na Assembleia Legislativa ao longo dos anos, o que revela um caráter oscilante dessas lideranças. E que estão mais relacionadas com o governador eleito do que imaginamos.
Para entender o protagonismo partidário na Casa de Leis, o Jornal Midiamax analisou os resultados dos últimos quatro pleitos. A reportagem usa o banco de dados do TSE (Tribunal Regional Eleitoral) como base.
Começaremos com a atual composição da Alems, que possui 24 deputados escolhidos nas Eleições de 2022. Assim, o partido com maior representatividade é o PSDB, que ocupa, atualmente, seis cadeiras na Casa de Leis.
Nesse mesmo ano, o PSDB elegeu o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, o terceiro mandato sucessivo de governador tucano no Parque dos Poderes. Nas eleições de 2010 – quando o dirigente do Executivo Estadual não era tucano – o PSDB conseguiu eleger apenas três deputados.
Fluxo da ‘dominância’
Em 2010, o MDB (então PMDB) era o líder de cadeiras da Alems, também com seis cadeiras. Assim como agora, nas eleições daquele ano o partido dominante da Assembleia foi o que elegeu o governador do Estado — André Puccinelli (MDB) foi reeleito em 2010.
O fluxo da ‘dominância’ pode se relacionar ao governador eleito naquele pleito. Segundo o doutor em ciências políticas, Daniel Miranda, “o tamanho das bancadas na Alems varia, aproximadamente, com o partido do governador”.
Contudo, Miranda destaca que o termo ‘dominância’ é complexo. “Exceto nas primeiras legislaturas, que herdaram o bipartidarismo da ditadura militar, nenhum partido ultrapassa 30-40% das cadeiras, ou seja, nenhum partido é realmente dominante no sentido de, sozinho, impactar sobre as votações em plenário. A fragmentação é regra”, explica o doutor.
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Vai e vem na Assembleia
Enquanto em 2010 o MDB possuía seis cadeiras e o PSDB três, em 2023 o quadro foi invertido. Nas últimas eleições, seis deputados tucanos ocupam cadeiras, três emedebistas foram eleitos.
Apesar de não ter o maior número de cadeiras nos últimos 12 anos, o PT está entre os três partidos que mais elegeram deputados. Em 2010 e 2014, foram quatro deputados petistas eleitos — o número caiu para dois em 2018 e subiu para três nas últimas eleições.
Já o PDT registrou um ‘boom’ de crescimento e conseguiu três cadeiras em 2014. Contudo, apenas um deputado se elegeu em 2010, 2018 e em 2022. O PL, antigo PR, elegeu três deputados em 2010 — o número caiu para um em 2018 e voltou a três em 2022.
Analisando desde a primeira legislatura, o doutor em ciência política afirma que os partidos que mais elegeram deputados estaduais em MS são: MDB; ARENA/PDS/PFL/DEM — considerados por ele como uma única legenda.
O protagonismo tem ciclo?
Mesmo que o MDB e PSDB tenham invertido a quantidade de cadeiras na Alems nos últimos 12 anos, o protagonismo partidário não tem um ciclo. Miranda explica que “não há exatamente um ciclo, no sentido de haver uma lógica temporal que se repete”.
Então, ressalta que “o tamanho das bancadas partidárias é resultado do desempenho eleitoral do partido, que geralmente está relacionado ao desempenho eleitoral do seu respectivo candidato a governador”.
No entanto, ele pondera que um partido dominante, pode voltar a ser protagonista. Para isso, o pesquisador pontua que “o desafio é atrair os candidatos com maiores chances de (re)eleição, os quais tendem a gravitar em torno da órbita do governador”.
Com o protagonismo dos partidos na Alems facilmente relacionados ao governador eleito, o especialista diz que “a tendência é que haja maior harmonia nas relações. Mas, mesmo quando isso não ocorre, é raro a Assembleia Legislativa assumir uma posição de confronto e oposição permanente ao executivo estadual”, considera.
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