Deputado Neno Razuk alega inocência após ser alvo de operação contra o jogo do bicho
Equipes cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do parlamentar do PL
Mariane Chianezi, Renata Portela –
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Nesta terça-feira (5), ainda no desenrolar da Operação Sucessione, o deputado estadual Neno Razuk (PL) foi até a Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), onde acontece a sessão ordinária. Ele foi um dos alvos da ação policial contra o jogo do bicho e alegou inocência.
O parlamentar conversou com a imprensa e confirmou o mandado de busca e apreensão na casa, onde foram apreendidos dois celulares, um tablet e uma pistola. Sobre a arma, Neno disse que tem a documentação, por isso não houve prisão em flagrante.
“Tenho certeza que não tenho nenhum envolvimento com essa atividade. Acordei com essa surpresa”, disse. “Tenho certeza que quando essa investigação acabar, vai ser mostrado que não tenho nenhum envolvimento”, afirmou ainda sobre ter ligação com o jogo do bicho.
Também sobre possível envolvimento com os jogos de azar, Neno disse que não tem qualquer ligação. “Querem jogar isso nas minhas costas”, afirmou. Quatro assessores do parlamentar teriam sido presos durante a operação.
“Do mesmo jeito que fui alvo e tenho certeza da minha inocência, espero o desenrolar das operações e da ação judicial. Todos nós podemos sofrer injustiças”, falou o parlamentar sobre os servidores.
Por fim, Neno confirmou que segue no cargo de corregedor da Casa de Leis. “Eu sou inocente. Não fiz nada de errado. Vou ficar, sou um deputado, faço meu trabalho, não tem porque eu sair”, finalizou.
Operação Sucessione
Estiveram na casa de Neno equipes do Batalhão de Choque, Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), em apoio ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).
Foram cumpridos na operação mandados contra 10 alvos, de busca e apreensão e de prisão. Além de Campo Grande, em Dourados também são cumpridos mandados.
O Midiamax tentou contato com a direção do PL em Mato Grosso do Sul e nacional, mas nenhuma ligação foi atendida até a publicação deste texto.
A operação é contra o jogo do bicho e estaria ligado a roubos de malotes de grupos rivais que estavam atuando em Campo Grande.
Roubo de Malotes
Três boletins de ocorrência foram registrados por roubo destes malotes, e duas das três vítimas teriam reconhecido o sargento da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) como autor dos assaltos.
Nas três ocasiões, segundo os registros, o sargento teria usado uma pistola, ameaçado e intimidado os apontadores, na tentativa de fazê-los mudar de lado. Citando o nome do suposto interessado em assumir o jogo do bicho em Campo Grande, o policial da reserva sempre deixada um ‘recado’ ameaçador.
Na casa onde as máquinas foram apreendidas, uma pistola foi encontrada. A investigação das máquinas encontradas está a cargo do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado). Além do sargento, um major aposentado da Polícia Militar também foi flagrado na residência.
A disputa pelo jogo do bicho em Campo Grande, que estaria sob o comando de um grupo de outro estado, teria envolvimento de servidores públicos da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul). O grupo rival teria assumido a Capital logo após a Operação Omertà desmantelar o grupo que mantinha a contravenção em Campo Grande.
Este grupo rival, logo após assumir, teria ‘comprado’ rivais para que não se instalassem na Capital. Agora, o grupo que lidera a região de fronteira de Mato Grosso do Sul tenta tirar do grupo rival o controle do jogo do bicho campo-grandense.
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