Deputado estadual Neno Razuk vai à sessão na Assembleia Legislativa após operação

Parlamentar do PL teve mandado de busca cumprido em casa

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Deputado estadual Neno Razuk (Foto: Luciana Nassar, Alems)

Após ter mandado de busca e apreensão cumprido em sua casa em um residencial de luxo de Campo Grande nesta terça-feira (5), o deputado estadual Neno Razuk (PL) foi para a sessão na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul).

A sessão tem início por volta das 9h30 e o parlamentar já estava na Casa de Leis neste horário. Assessor de imprensa afirmou que o deputado deve conceder entrevista à imprensa ainda nesta terça-feira.

Quatro assessores parlamentares de Neno tiveram prisões preventivas confirmadas pela polícia. Entre eles está o major aposentado Gilberto Luiz dos Santos.

Na Alems, Neno ainda cumpre função de corregedor da Alems. Assim, é responsável por apurar infrações praticadas pelos membros da Casa de Leis.

Consta como corregedor substituto o também deputado estadual pelo PL, Coronel David.  

Estiveram na casa de Neno equipes do Batalhão de Choque, Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), em apoio ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Foram cumpridos mandados contra 10 alvos, de busca e apreensão e de prisão. Em Dourados também são cumpridos mandados.

O Midiamax tentou contato com o deputado por telefone, além da direção do PL em Mato Grosso do Sul e nacional, mas nenhuma ligação foi atendida até a publicação deste texto.

A operação é contra o jogo do bicho e estaria ligado a roubos de malotes de grupos rivais que estavam atuando em Campo Grande.

Roubo de Malotes

Três boletins de ocorrência foram registrados por roubo destes malotes, e duas das três vítimas teriam reconhecido o sargento da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) como autor dos assaltos.

Nas três ocasiões, segundo os registros, o sargento teria usado uma pistola, ameaçado e intimidado os apontadores, na tentativa de fazê-los mudar de lado. Citando o nome do suposto interessado em assumir o jogo do bicho em Campo Grande, o policial da reserva sempre deixada um ‘recado’ ameaçador.

Na casa onde as máquinas foram apreendidas, uma pistola foi encontrada. A investigação das máquinas encontradas está a cargo do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado). Além do sargento, um major aposentado da Polícia Militar também foi flagrado na residência.

A disputa pelo jogo do bicho em Campo Grande, que estaria sob o comando de um grupo de outro estado, teria envolvimento de servidores públicos da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul). O grupo rival teria assumido a Capital logo após a Operação Omertà desmantelar o grupo que mantinha a contravenção em Campo Grande.

Este grupo rival, logo após assumir, teria ‘comprado’ rivais para que não se instalassem na Capital. Agora, o grupo que lidera a região de fronteira de Mato Grosso do Sul tenta tirar do grupo rival o controle do jogo do bicho campo-grandense.

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