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Política

‘Cortou a energia para não entregar documentos’, diz Comissão que investiga contratos de Sidrolândia

Vereadores cobraram documentos solicitados pela CPI que investiga contratos alvos de operação
Dândara Genelhú -
prefeitura de sidrolandia
Prefeitura de Sidrolândia. (Reprodução, Prefeitura de Sidrolândia).

O presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que investiga contratos da Prefeitura de implicados na operação, Enelvo Felini Junior (PSDB) disse que a prefeitura ‘desligou a energia para não entregar a documentação para a CPI‘. Vereadores da Comissão cobram documentos dos processos licitatórios e contratos investigados pela Operação Tromper.

Ao Jornal Midiamax, Enelvo disse que a situação aconteceu nesta segunda-feira (21), durante dos parlamentares ao paço municipal. Em vídeo, o presidente da Comissão afirmou que os funcionários do setor de licitação foram dispensados antes do expediente.

“Quando era 12h, a secretária Elaine Brito, veio aqui e dispensou todos os funcionários da licitação para não fornecer os documentos”, apontou. O relator da CPI, vereador Cleyton Martins Teixeira (PSB) disse que a Comissão seguiu o rito para solicitação da documentação.

“Fico triste nesse momento. Fizemos todos os procedimentos necessários, a gente encaminhou um ofício solicitando todos os documentos. Demos três dias para a prefeitura responder, responderam que não iriam nos dar. Viemos in loco”, explicou.

O vereador disse que a comissão “não está falando que existem irregularidades”. Contudo, destacou que precisam “ter acesso aos contratos, a gente precisa analisar”.

Prefeitura

O Jornal Midiamax acionou a prefeita (PP) para garantir o espaço de posicionamento sobre as acusações. Vale ressaltar que o procedimento é padrão para todas as matérias.

Contudo, a líder do Executivo não se posicionou sobre as alegações dos vereadores da CPI da Operação Tromper. Questionada sobre tal assunto, a prefeita Vanda Camilo ironizou perguntando se a reportagem não estava atrás de informações sobre outra CPI, cujo alvo não é ela, mas sim a mesa diretora da Câmara.

‘Mas se quer notícia tem essa acima também’, disse ao encaminhar print sobre outro caso e abstendo-se de comentar sobre as acusações feitas pelos vereadores.

Operação Tromper

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) cumpriu 9 mandados em Sidrolândia no dia 21 de julho. Os mandados são parte da segunda fase da Operação Tromper. São 5 mandados de busca e apreensão e 4 de prisão preventiva.

Midiamax confirmou a prisão de dois empresários e um servidor municipal. São eles Ueverton da Silva Macedo, que já foi candidato a vereador no município pelo PSD, também Roberto da Conceição Valençuela e o servidor Basso da Silva.

Além disso, foram cumpridos mandados de busca na Prefeitura de Sidrolândia. A primeira fase da operação, conforme o Gaeco, identificou a organização criminosa formada pelas empresas que participavam das licitações.

Essas empresas chegaram a firmar contratos milionários com a Prefeitura de Sidrolândia. O grupo ainda fraudava licitações e desviava dinheiro público, bem como fazia pagamento de propina a agentes públicos, inclusive em troca do compartilhamento de informações privilegiadas da administração pública.

Esquema de fraudes

O esquema de corrupção sobre licitações da Prefeitura de Sidrolândia envolve empresários da cidade, que fraudavam documentos das empresas concorrentes, para garantir que seriam as contratadas. Mesmo assim, sem estrutura, essas empresas terceirizavam os serviços pelos quais receberam milhões de reais do dinheiro público.

A investigação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) ainda aponta a participação de ao menos quatro servidores públicos no esquema de fraudes.

Conforme a peça em que foram embasados os pedidos de prisão e de busca e apreensão, da primeira fase da Operação Tromper, o esquema de corrupção teria iniciado em 2017.

Desta forma, os empresários aproveitavam dos CNPJs para participar das licitações, mesmo sem qualquer tipo de experiência, estrutura ou capacidade para executarem os serviços ou fornecimento nos contratos firmados.

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