A Câmara Municipal de Campo Grande irá criar uma comissão para acompanhar e fiscalizar a construção do novo Hospital Municipal, anunciado na semana passada pela prefeita, Adriane Lopes (PP), com investimento previsto de R$ 200 milhões.

De acordo com Adriane, o novo hospital contará com 50 leitos de internação, 10 salas de cirurgia, centro de diagnóstico por imagem e suporte de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Além disso, o local terá capacidade de atender 1,5 mil pessoas. Todos os atendimentos das UPAs e CRSs devem ser regulados para o complexo hospitalar.

Com a promessa, os vereadores de Campo Grande realizaram, nesta segunda-feira (18), audiência pública para discutir o anúncio realizado pela prefeita.

Com isso, os parlamentares afirmaram que irão acompanhar o avanço do projeto através de uma comissão parlamentar. Ainda não ocorreu a definição dos vereadores que farão parte do grupo.

Segundo a vereadora Luiza Ribeiro (PT), o grupo deverá ser formado por parlamentares da Comissão de Saúde, Direitos Humanos e também de Obras.

Também presente na audiência, o vereador Ademir Santana (PSDB) afirmou que a comissão, além de fiscalizar, buscará auxiliar o executivo.

“Nós precisamos [saber] de onde sairá o recurso, onde será construído. Vamos montar uma comissão aqui para acompanhar isso, não para atrapalhar nada, mas para ajudar a prefeitura. Nós queremos ajudar”, enfatizou o vereador.

Por fim, os vereadores buscam, através da bancada federal, recursos do BNDS para a construção do Hospital Municipal em Campo Grande.

Novo Hospital Municipal em Campo Grande

De acordo com Adriane Lopes, um dos objetivos é expandir a oferta de serviços e resolver parte da demanda reprimida de exames de diagnóstico e cirurgia.

Anuncio Hospital Municipal_Foto Divulgação PMCG
Hospital Municipal poderá chegar a 500 leitos. (Divulgação PMCG)

O Complexo Hospitalar e Diagnóstico Municipal deve ter 15 mil metros quadrados, com 10 mil metros de área construída. Além disso, o local deve ter um heliponto para receber vítimas que precisem de atendimento imediato.

“Há 1 ano e meio a nossa equipe técnica da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), tendo o suporte do Ministério da Saúde, vem estudando a necessidade da criação desta unidade, diante do aumento na demanda, sobretudo de procedimentos eletivos e exames, impulsionada pela pandemia de Covid-19”, disse.

“Com esta nova unidade em funcionamento, iremos dobrar a nossa capacidade de atendimento e assegurar à população uma assistência mais célere e de melhor qualidade”, prometeu Adriane Lopes.

No local, serão ofertados os seguintes atendimentos especializados e de diagnóstico:

  • Cirurgia geral;
  • Hérnia;
  • Vesícula;
  • Oftalmologia;
  • Ortopedia;
  • Pediatria,
  • Exames de ressonância, tomografia, ultrassom, colonoscopia, endoscopias, entre outros.

Quando será entregue?

De acordo com a Prefeita Adriane Lopes, ainda não há local definido para a construção do complexo, mas três áreas são avaliadas. A previsão é que as obras sejam iniciadas ainda em 2023 com previsão de entrega de 12 meses.

De acordo com o titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Sandro Benites, o local terá capacidade de 250 leitos, mas esse número poderá ser expandido em duas vezes e chegar a 500 leitos conforme a demanda da cidade.

“O Complexo será construído para principalmente atender a demanda, com a regulação das UPAs [Unidades de Pronto Atendimento] e das CRS [Centro de Referência de Saúde] de Campo Grande”, ele explica. 

Outro ponto é que o CEM (Centro de Especialidades Médicas), atualmente na Travessa Guia Lopes, no bairro São Francisco, será transferido para esse novo espaço. O número de salas para atendimentos será ampliado de 25 para 50. 

Além disso, o Labcen (Laboratório Central Municipal de Campo Grande) também deve ser levado para o Complexo Hospitalar e Diagnóstico Municipal. 

Sandro também explica que a Sesau e a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) estudam as três possibilidades de endereço.

Ele não pôde antecipar se será na área central ou em algum bairro, mas disse que as alternativas são de fácil acesso para a população e para a entrada de ambulâncias.