Bancada de Mato Grosso do Sul divide opinião sobre aprovação de Flávio Dino ao STF

A aprovação do Senado sobre a indicação de Flávio Dino ao STF (Supremo Tribunal Federal) dividiu opiniões da bancada federal de Mato Grosso do Sul. Deputados federais e senadores de MS comentaram sobre o novo ministro do Supremo, que herdou 344 processos ao assumir o cargo.

O deputado federal Vander Loubet (PT), lamentou a saída de Dino do Ministério da Justiça, mas disse que cadeira será ocupada por um grande profissional.

“Lamento que a gente perca ele como ministro. Estava desempenhando um grande trabalho. Por outro lado, o Dino é um quadro extremamente qualificado para compor o STF e quem ganha com isso é a democracia do nosso país. A experiência jurídica dele e sua grande compreensão sobre a política com certeza vão ser de grande valia para o Tribunal”, disse.

Após questionar Dino durante sabatina, a senadora Tereza Cristina (PP), disse que durante o debate, apresentou a posição ‘em defesa do Legislativo e contra o ativismo no Judiciário’, sendo contrária a ida do então Ministro da Justiça à cadeira do Supremo.

“Sou líder do Progressista no Senado, partido que integra o bloco da oposição, e acredito que a integridade do STF é fundamental para a estabilidade democrática de nossa nação. Entretanto, ultimamente, temos assistido a um entrelaçamento delicado entre a esfera jurídica e política, gerando preocupações sobre como isso pode impactar a percepção pública de imparcialidade e justiça nas decisões da mais alta Corte do país”, disse através das redes sociais.

Da oposição, o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), classificou a aprovação do Senado como ‘lamentável’. “47 senadores votaram a favor do comunista Flávio Dino. Tenho certeza que alguns logo se arrependerão, mas será tarde. Não pensaram como estará o Brasil daqui 10 ou 20 anos”, disse.

Marcos Pollon (PL) também lamentou que Dino ocupará cadeira no Supremo. “Infelizmente Flavio dino foi aprovado e irá ao STF. Mas não desistiremos, seguiremos firmes e na luta pelo Brasil”.

Também da oposição, Drº Luiz Ovando disse que escolha ‘coloca em risco a democracia’ do país. “Em um momento crucial para o Brasil, sua nomeação compromete a imparcialidade, desafiando a separação de poderes. 47 senadores favorecem esse passo lamentável […] Sua trajetória completamente controversa, agora no STF, exige vigilância constante da Câmara e Senado. Sejamos positivos, o governo, apesar da pressão, garante apenas 6 votos a mais do que necessário. Seguimos de cabeça erguida, enfrentando governo e judiciário”, escreveu.