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Política

Agenda de Sônia Guajajara acontece a 500 metros de local onde indígena morreu em conflito há 7 anos

Morte de Clodiode foi lembrada pela viúva, que discursou durante a Grande Assembleia Aty Guasu
Marcos Morandi, Dândara Genelhú -
sonia agenda
Sônia em agenda próxima de local em que indígena morreu em MS. (Marcos Morandi; Midiamax)

A agenda da ministra Sônia Guajajara acontece a cerca de 500 metros do local em que o indígena Clodiode Aquileu Rodrigues de Souza morreu durante conflito há sete anos. A ministra participa da Grande Aty Guasu, em território próximo à fazenda Yvu, em .

Clodiode morreu em 2016 na cidade localizada a 273 km de . O caso é chamado de ‘Massacre de Caarapó’ pelo MPF (Ministério Público Federal). No dia do crime, mais seis indígenas ficaram gravemente feridos, entre eles um adolescente de 12 anos.

A morte de Clodiode foi lembrada durante a cerimônia. A viúva do indígena morto no conflito, destacou que seguirá lutando pelas terras. “Vou ficar aqui lutando até o fim, pela nossa terra. Quero punição para quem matou meu marido”.

Acusados vão a júri

Após sete anos do assassinato do agente de saúde Guarani Kaiowá Clodiode Aquileu Rodrigues de Souza, os acusados pelo crime vão a júri popular. Cinco fazendeiros foram denunciados pelo MPF no caso que ficou conhecido como Massacre de Caarapó.

O crime aconteceu em 2016, quando cinco proprietários rurais organizaram, promoveram e executaram o ataque à comunidade Tey Kuê. Os cinco fazendeiros apontados como responsáveis pela retirada forçada de indígenas da fazenda foram denunciados em outubro do mesmo ano pelo MPF e responderão pelos crimes de formação de armada, homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado, dano qualificado e constrangimento ilegal.

A decisão pelo júri popular é da 1ª Vara da em Dourados, que acolheu o pedido do Ministério Público Federal apresentado alegações finais em julho do ano passado. Entre os feridos pelos fazendeiros estava uma criança de 12 anos. 

“Pelos depoimentos dos ofendidos, indícios, sinais demonstrativos do crime, fotografias, há indícios suficientes de autoria de que os réus se valeram de pás carregadeiras, fogos de artifícios, munições atiradas no raio de 360 graus em direção aos indígenas, impossibilitando suas defesas”, diz um dos trechos da decisão.

Morte do indígena

Cerca de 40 caminhonetes, com o auxílio de três pás carregadeiras e mais de 100 pessoas, muitas delas armadas, retiraram à força um grupo de aproximadamente 40 indígenas Guarani Kaiowá de uma propriedade ocupada por eles.

Clodiode Aquileu foi assassinado com um tiro no abdômen e outro no tórax. Outros seis indígenas, inclusive uma criança de 12 anos, foram atingidos por disparos e ficaram gravemente feridos. Dois índios sofreram lesões leves e a comunidade foi constrangida violentamente a deixar a área.

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