A candidata a vice-governadora de Mato Grosso do Sul Viviane Orro (PSD) esteve no Jornal Midiamax para série de entrevistas com os companheiros de chapa majoritária dos oito candidatos ao Governo do Estado. Orro concorre junto com Marquinhos Trad (PSD).
Viviane Almeida Nogueira Orro tem 45 anos, é médica e natural de Aquidauana. Já concorreu como prefeita em 2020 e é casada com o atual deputado estadual Felipe Orro, que deixará de concorrer à reeleição para ajudar na campanha da esposa.
Para Viviane, Mato Grosso do Sul tem um superávit financeiro que precisa ser transformado em igualdade social e distribuição de renda. “Um Estado é um órgão público, não uma empresa que precisa gerar lucros. Nós temos que ver esse dinheiro funcionando para o povo. Escolas fecharam. Foram 18 escolas em Mato Grosso do Sul, e abertos mais presídios. Campo Grande talvez não sinta esse impacto porque o Marquinhos cuidou da Educação aqui, municipalizando, mas o interior sente”.
A candidata também defende a geração de cursos de qualificação para ter mais oportunidades. “São mais de 80 mil jovens no minimercado de trabalho, mais de 2 milhões no programa de economia solidária. Temos que ter essa inclusão do pequeno produtor e microempresário. Temos um Estado próspero e rico, mas dependemos de ter um gestor que transforme a riqueza diminuindo essa diferença social”, criticou.
Saúde será prioridade e se entrelaça com demais secretarias
A bandeira de atuação de Viviane é a saúde que, segundo a candidata, permeia todas as outras secretarias de Estado. “Atuei diretamente na saúde pública por 22 anos. Na pandemia, vivenciei o CTI no Hospital do Trauma e sei como é difícil a falta de acesso”.
Segundo a candidata, a atuação do cargo de vice-governadora não seria anulada por Marquinhos. “É um homem sensível, que se coloca lado a lado dos vices na gestão. Deu a oportunidade da Adriane hoje ser uma prefeita atuante em Campo Grande e teve mais da metade do secretariado de mulheres”, destacou.
Para Viviane, a saúde se entrelaça com os mais diversos aspectos sociais que podem ser trabalhados nas secretarias de Estado. “A secretaria social, da Mulher, a questão das drogas, dar oportunidade aos desassistidos, a inserção ao mercado de trabalho. Hoje temos muitos problemas com álcool e drogas. Temos epidemia de doença mental, mas infelizmente em Mato Grosso do Sul esse é um dos que se despontam no cenário nacional nesse aspecto”, pontuou.
Ao finalizar, Viviane destacou sua atuação como secretária de saúde e disse ser possível levar mais acesso a consultas e exames por videoconferência, por exemplo. “É saber fazer melhor a gestão de recursos. Desde 2005 dá certo. O técnico opera a máquina, o médico analisa o exame com o outro médico, que não é especialista, mas que está ali no interior atendendo o paciente. Isso daria uma celeridade e desafogaria, às vezes, uma pessoa que aguarda há anos por um exame”.
