Sem citar nomes, a vereadora Liandra da Saúde (PTB) usou a tribuna da Câmara de , durante a sessão ordinária desta segunda-feira (12), para justificar seu afastamento da relatoria da “” e denunciar que foi vítima de “fogo amigo” na Câmara, disparado por integrantes do próprio Legislativo Municipal.

Segundo a parlamentar, que havia sido indicada pelo bloco majoritário, a recusa se deu após perceber que sua indicação estaria causando “ciúmes” em parte do Legislativo. “Pressentindo que essa postura mesquinha iria atrapalhar as investigações da CPI da Covid, não tive dúvidas em renunciar ao cargo de relatora”, justificou.

“Não pedi para ser relatora. Fui indicada pelo bloco parlamentar do qual pertenço e que tenho orgulho em participar, mesmo porque estamos unidos em defesa do melhor para nossa gente e não em defesa de cargos ou projeção por meio de CPI”, ponderou a vereadora, que pediu seu afastamento da CPI instalada para investigar a aplicação de mais de 53 milhões de recursos da pandemia pela gestão municipal passada.

Durante seu pronunciamento na tribuna da Câmara, Liandra também afirmou que o momento não é oportuno para que uma CPI seja implantada na Casa, considerando o aumento crescente de números de casos positivos e óbitos por decorrência da doença em Dourados, mas ponderou que não é contra a instalação da CPI da Covid.

“Entendo que esta investigação poderia ter sido instalada em outra hora, sobretudo quando nossa população estivesse vacinada e protegida do vírus”, afirmou, ressaltando ainda a necessidade de união entre os vereadores na busca de soluções para sanar a falta de em UTIs, medicamentos, materiais de proteção individual para os profissionais da saúde, e, sobretudo, a falta de vacinas.