Ao questionar o ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, a senadora (MDB-MS) afirmou que o médico foi usado para a adoção de medidas que contrariam as recomendações sanitárias para a pandemia de Covid-19. Sem citar nomes, ela ainda criticou colegas que defenderam medicamentos sem eficácia contra a doença.

A oitiva de Teich durou mais de seis horas. Simone foi uma das últimas a fazer perguntas ao ex-ministro. Em resposta à senadora, o médico afirmou que o Brasil não teria mais de 400 mil mortes caso fosse adotada uma política de isolamento social e efetiva.

“Quando pega o pico da primeira e da segunda onda, verifica-se o aumento de 68% no número de casos e 180% no número de mortes. Enquanto não tinha vacina, minha sugestão era um controle da transmissão, que envolvia testagem, rastreamento, etc.”, explicou.

Ao final, a senadora comentou que Teich foi usado para corroborar as medidas negacionistas do governo Jair Bolsonaro. “Elogio seu trabalho, mas com todo respeito, o governo queria um garoto-propaganda, uma vitrine para que pudesse continuar rejeitando a ciência, contrariando todas as recomendações sanitárias”, pontuou.

Na quinta-feira (6), o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o diretor-presidente da (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, vão depor.