Com prefeito e vice afastados, Miranda vive clima de mistério sobre futuro da cidade
Falta de informação sobre saúde e retorno de prefeito ou vice deixam situação suspensa no ar até para interino
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Moradores de Miranda, cidade a cerca de 200 km de Campo Grande, reclamam viver em meio a incertezas em relação ao comando da cidade. Isso porque, desde que o prefeito Edson Moraes (PSDB) afastou-se do cargo em razão de agravamento do quadro de covid-19, o município já passou por dois comandos diferentes.
Aliada à circunstância, está a desinformação generalizada sobre o estado de saúde de Moraes e de seu vice, Fabio Florença (PDT). Ou, ainda, até quando a cidade ficará sob o comando de um interino. Pouca ou nenhuma informação desse tipo tem sido divulgada nos meios oficiais, como a conta da Prefeitura no Facebook, que tem se reservado a publicar apenas atos oficiais.
Edson Moraes foi encaminhado para Campo Grande há mais de um mês, no dia 19 de março, após sofrer crise respiratória decorrente de covid-19. Com isso, o vice Fábio Florença passou a exercer a função de prefeito de forma interina, no dia 31 de março. Ocorre que no dia 8 de abril, poucos dias após ser empossado, o vice pediu afastamento em razão de tratamento de saúde, pois também teve diagnóstico positivo para covid-19. Até onde se sabe, não foi necessária internação.
Foi quando o presidente da Câmara dos Vereadores, André Vedovato (PDT), assumiu interinamente o executivo municipal por 15 dias, na noite daquela mesma data. Ele ficaria à frente do município somente até o último dia 22. Porém, Fábio Florença prorrogou o pedido de afastamento por mais 8 dias e, com isso, Vedovato solicitou à Câmara afastamento pelo mesmo período. Ele deve comandar o município até o próximo sábado (1º), quando vence a licença de Moraes e de Florença, e quando Vedovato deveria retornar à Câmara.
O que acontecerá a partir daí, ninguém sabe.
Desinformação e “dança das cadeiras”
O grande problema é que o estado atual de saúde de Edson Moraes tem sido encoberto por mistério e desinformação, assim como o de seu vice. Nas redes sociais do prefeito eleito, o último boletim divulgado foi em 21 de março, no qual a assessoria informou leve melhora e diminuição de oxigênio. Nada mais.
Nas redes de Fábio Florença, a última atualização é de 29 de março. A conta do prefeito interino também não traz novidades. Nem mesmo o perfil do município traz informações relevantes sobre a sucessão da cidade, que adormece e acorda com boatos de melhoras e pioras de Moraes e de que o Paço Municipal deve passar por uma grande “dança das cadeiras”.
Algumas mudanças, a propósito, já foram feitas. Atualmente, Miranda já tem a terceira secretária de saúde no cargo, a segunda desde que Moraes adoeceu. Mudanças também foram relatadas na chefia do gabinete e em outros departamentos. A mudança no comando do município também foi sentida na Câmara, já que a licença de Vedovato “abriu” vaga, assumida por Dani Arguelho (PDT), sua suplente. Emiliano Martins (PT), então segundo presidente da mesa diretor, assumiu as rédeas do legislativo.
A reportagem buscou contato com a assessoria de imprensa e com o gabinete do prefeito interino na manhã desta quarta-feira e disponibilizou contatos para que a ligação fosse retornada, mas até a publicação desta matéria não houve contato. A reportagem também acionou o prefeito interino por telefone, mas as ligações foram recusadas e as mensagens de WhatsApp não foram respondidas.
O atual presidente da Câmara também foi acionado, mas não disponibilizou o contato de porta-vozes da administração pública. O Jornal Midiamax também entrou em contato com o prefeito eleito e seu vice, atualmente afastados, por meio de contatos pessoais, mas os telefones deram fora de área.
À reportagem, o presidente da Câmara, Emiliano Martins, que é primo de Edson Moraes, afirmou não ter informações sobre o estado de saúde do prefeito. “Vou ser sincero, não tenho informações. Depois que começou muita polêmica na cidade, pararam de dar informações. Não sabemos de nada concreto”, relatou.
O último boletim epidemiológico de Miranda, divulgado na terça-feira 927), trouxe 2.092 casos confirmados de covid-19, com 25 em análise. De 25 casos ativos, 3 estão internados no município e outros 15 em outra cidade. Já são 1.986 pacientes recuperados e 63 mortos decorrentes da doença.
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