Vice-prefeita de Bataguassu reclama de nomeações e deixa Secretaria de Assistência Social
Decisão foi adotada em meio às investigações instauradas na Câmara Municipal daquela cidade
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Zelia Bonfim, então secretária de Assistência Social e Políticas para Mulheres e vice-prefeita de Bataguassu, 335 quilômetros de Campo Grande, comunicou em sua conta no Facebook o pedido de demissão do cargo no primeiro escalão. O anúncio ocorre em meio às investigações instauradas pela Câmara Municipal em relação à gestão de saúde daquela cidade.
“Passado quatro meses, constantei por várias oportunidades que Bataguassu não vem sendo administrado pelo prefeito que escolhi para apoiar e auxiliar e sim por pessoas não eleitas democraticamente e nomeadas em cargos estratégicos, sem lastros com nossa cidade”, aponta em seu texto.
Sem apontar nomes ou fatos, a ex-secretária diz que tais pessoas não ‘demonstram compromisso com nossa população, fugindo dos ideias e propósitos’ do pleito eleitoral. Zellia afirma que tentou reverter o quadro, mas não foi atendida.
Em nota, o prefeito Akira Otsubo (MDB) informou que recebeu com ‘pesar’ o pedido de exoneração de Zélia, que alegou motivos pessoais para tomar a decisão. “A nossa vice prefeita vinha desenvolvendo um excelente trabalho na pasta, especialmente junto aos mais necessitados”. Reforçou que a agora ex-secretária mantém-se ‘normalmente no cargo de vice-prefeita, atuando junto a administração municipal’.
“Zélia é uma pessoa de extrema competência e muito querida por todos nós. Seu trabalho como vice-prefeita continua normalmente, nos auxiliando no projeto de progresso e humanização que juntos definimos para Bataguassu”, ressaltou o prefeito.
CPI
Em abril, a Câmara Municipal de Bataguassu aprovou abertura de CPI que vai apurar eventuais irregularidades na gestão de saúde públoca. O colegiado é resultado das denúncias apresentadas em relatório de uma comissão especial que foi criada anteriormente.
Segundo notificado, em 11 de janeiro, uma mulher grávida perdeu o bebê após não ter sido atendida por um ginecologista no pronto-socorro da Santa Casa de Bataguassu. O caso foi revelado duas semanas depois pelo jornal Cenário MS. Uma semana depois, um bebê morreu após não ter assistência pediátrica no mesmo hospital.
Em depoimento à comissão especial, o então secretário municipal de Saúde afirmou que as mortes não ocorreram por falta de pessoal, mas por má conduta médica. Ainda conforme o relatório, as famílias da vítimas rebateram o secretário nas redes sociais, o que enseja mais esclarecimentos.
Também foi constatado que o hospital contratou médicos sem registro junto ao CRM/MS (Conselho Regional de Medicina). Outro fato apontado é que o sistema de saúde estaria sofrendo com influência de terceiros.
*Matéria atualizada às 9h26 para acréscimo de informação
Notícias mais lidas agora
- ‘Tenho como provar’: nora vem a público e escreve carta aberta para sogra excluída de casamento em MS
- Adolescente é encontrada em estado de choque após ser agredida com socos e mordidas e pais são presos
- Homem incendeia casa com duas crianças dentro por disputa de terreno em MS: ‘Vou matar vocês’
- Mais água? Inmet renova alerta para chuvas de 100 milímetros em Mato Grosso do Sul
Últimas Notícias
[ BASTIDORES ] Infidelidade partidária assombra parlamentares
Mudança de títulos causará dança das cadeiras em Campo Grande
Colisão entre motos em cruzamento de Dourados termina em morte de idoso
Vítima tinha 68 anos e pilotava uma motocicleta BMW
G20 e feriado ‘colados’ impulsionaram turismo no Rio de Janeiro
Segundo o Píer Mauá, que administra o terminal do porto, novembro vai registrar mais de 20 mil turistas
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.