O vereador Airton Araújo (PT) apresentou uma moção de repúdio, citando o episódio. Concordando com o repúdio às falas, o vereador João Rocha (PSDB) sugeriu que, ao invés de uma moção, um ‘expediente’ poderia ser enviado pela Casa de Leis de Campo Grande. 

“Eu estou de acordo com a defesa [do vereador Airton]. Eu vi a fala infeliz do deputado, e eu sou extremamente contra qualquer parlamentar usar tribuna como capa para passar dos limites. Nós temos imunidade, mas não somos imunes. O deputado foi extremamente infeliz. A forma jocosa, pequena, não pode passar impune”, disse o tucano.

Presidente da Câmara Municipal, vereador Carlão (PSB) disse que o documento, que será elaborado, citará o despreparo e desrespeito do deputado. “Uma pessoa morreu nesta semana porque não teve respeito pela orientação dele”. O dirigente fez menção ao caso do dentista Gustavo Lima, que morreu na quinta-feira (14). Ele tinha depressão e, mais recentemente, foi vítima de homofobia durante a vacinação contra Covid-19, o que teria agravado o quadro. 

Xingamentos

Na terça-feira (12), Dia de Nossa Senhora Aparecida, Dom Orlando Brandes criticou a disseminação de notícias falsas e o armamento da população. Ele não mencionou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas usou o slogan do governo federal para afirmar que ‘para ser pátria amada não pode ser pátria armada’. 

Depois, o deputado bolsonarista fez uma série de ataques ao arcebispo e ao Francisco. As ofensas foram proferidas durante discurso na Assembleia Legislativa de São Paulo.