A Câmara Municipal de Bataguassu aprovou projeto de resolução para a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para irregularidades na gestão da saúde pública. O texto foi publicado na edição desta quinta-feira (21) do Diário Oficial da (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul).

A CPI é resultado das denúncias apresentadas em relatório de uma comissão especial. A transição entre a gestão de Pedro Caravina (PSDB) e Akira Otsubo (MDB) prejudicou a qualidade do atendimento na rede pública.

Em 11 de janeiro, uma mulher grávida perdeu o bebê após não ter sido atendida por um ginecologista no pronto-socorro da Santa Casa de Bataguassu. O caso foi revelado duas semanas depois pelo jornal Cenário MS. Uma semana depois, um bebê morreu após não ter assistência pediátrica no mesmo .

Em depoimento à Comissão Especial, o então secretário municipal de Saúde, Geison dos Santos, afirmou que as mortes não ocorreram por falta de pessoal, mas por má conduta médica. Ainda conforme o relatório, as famílias da vítimas rebateram o secretário nas redes sociais, o que enseja mais esclarecimentos.

Também foi constatado que o hospital contratou médicos sem registro junto ao CRM/MS (Conselho Regional de Medicina). Outro fato apontado é que o sistema de saúde estaria sofrendo com influência de terceiros.

Ao Jornal Midiamax, o ex-prefeito e atual secretário-adjunto de estado de Infraestrutura, Pedro Caravina, disse estar acompanhando os trabalhos. “Estou acompanhando daqui de Campo Grande. Não houve transição na saúde por não haver um secretário da atual gestão. Parece ser uma investigação que vai ser global. Os detalhes ainda não tive acesso”, declarou.

Em nota, a prefeitura de Bataguassu informou que está acompanhando o andamento da CPI e reitera que as informações a respeito dos casos relatados já foram apresentadas durante sabatina proposta pelo Poder Legislativo com a presença do ex-secretário Geison dos Santos. O Executivo reforçou que permanece à disposição para apresentar e prestar quaisquer informações necessárias.

*(Texto alterado às 14h31 e 15h20 de 22/04 para correção e acréscimo de informações)