“Se tiver provas contundentes, então ele tem de ser condenado”, avaliou o deputado federal (PDT/MS), a respeito da denúncia do MPF (Ministério Público Federal), encaminhada ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), contra o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB). Ele e mais 23 pessoas são apontadas como envolvidas em esquema de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa – denúncia neste sentido foi enviada na quarta-feira (14).

Todos foram investigados no bojo da , da PF (), que identificou o pagamento de R$ 67 milhões em propina ao tucano, entre 2015 e 2016, em troca de R$ 209 milhões em incentivos fiscais ao grupo. Para o MPF, Azambuja se valeu da posição de governador para comandar a organização criminosa.

Indagado nesta quinta-feira (15), assim como os demais deputados federais da bancada de MS em Brasília, Dagoberto, que concorre à Prefeitura de , disse que a Justiça tem “de exercer seu papel”. “E, como defendo desde o meu primeiro mandato, quando propus, o fim do foro privilegiado. Eu tenho certeza que ninguém tem direito a privilégios, a Justiça tem de ser para todos”.

Deputado Fábio Trad, do PSD, afirmou que a defesa precisa ser ampla e o momento demanda prudência. “Qualquer manifestação tem de levar em conta a defesa da pessoa imputada. Até agora só uma parte falou. Não me parece sensato prejulgar”.

Comando

Na ação, o MPF cita que Reinaldo se valeu de sua posição de governador para comandar a organização criminosa. A denúncia, além da condenação, pede a perda de cargo de Reinaldo e de todos os demais envolvidos que eventualmente exerçam funções públicas. Requer, ainda, o pagamento de R$ 277 milhões de indenização por danos morais e coletivos.

Reinaldo Azambuja e o filho, Rodrigo Souza e Silva, além de mais 20 pessoas, haviam sido indiciados pela Polícia Federal em julho deste ano. O MPF atestou a existência de provas e, com isso, apresentou a denúncia. Caso o STJ aceite, os denunciados passam à condição de réus.

A reportagem reforça que acionou os 8 deputados federais e aguarda posicionamento.