Para os deputados de Mato Grosso do Sul, não há alarde ou histeria nas medidas tomadas pelo Ministério da Saúde sobre o coronavírus. Os deputados federais (PSDB), Fábio Trad (PSD) e (PDT) também avaliaram nesta quinta-feira (12) como preocupantes os impactos econômicos do surto da doença, que ainda deve chegar no Estado.

“Mato Grosso do Sul sofrerá os efeitos reflexos da tendência recessiva da economia nacional. Preocupa-me, em especial, o impacto nas commodities uma vez que atinge diretamente o nosso Estado”, destacou o deputado Fábio Trad.

“O risco do coronavírus se espalhar por todo o Brasil é enorme, tanto que foi montada uma estrutura nacional e estadual de atendimento aos pacientes. Mas ainda vai ser necessário criar mais 3,2 mil leitos de UTI para combater a epidemia, que deve ter um crescimento em espiral. Com os 69 casos registrados no país, pesquisa aponta que em 15 dias serão 4 mil e cerca de 30 mil em 21 dias”, completou Rose Modesto.

Sobre a questão da proximidade com outros países, como e Bolívia, que fazem fronteira seca com o Estado, Fábio Trad acredita que o monitoramento deve ser aumentado.

“Defendo que, por enquanto, haja uma política mais efetiva de monitoramento dos casos sem prejuízo de eventual e futura adoção de medidas mais duras e sempre em conjunto com os demais países para evitar a disseminação. Não acho que seja alarde ou histeria. A situação é realmente grave e precisa ser enfrentada com maturidade, versatilidade e responsabilidade de todos”.

Por outro lado, Rose Modesto acredita que o Congresso deve assegurar a aprovação da suplementação orçamentária de R$ 5 bilhões pedida pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

“Mandetta foi franco e deu um panorama realista do impacto do coronavírus em todo o país, o que engloba a região de fronteira. Esse recurso aliado à portaria do Ministério da Saúde publicada ontem, na qual define os procedimentos de emergência de saúde pública, entre eles o isolamento, com separação de pessoas sintomáticas ou assintomáticas, é o caminho para contermos os impactos da doença. É uma pandemia, que pode levar muitas pessoas à morte”, finalizou.

Dagoberto disse que a ‘péssima estrutura de Saúde' no interior deve agravar a situação. “Fazemos divisa com o Paraguai e a Bolívia e temos que começar a discutir o que os demais países estão fazendo. Fechar nossas fronteiras, nossas divisas e aeroportos”.