O deputado estadual (PT) alertou que o aumento do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Bens e Serviços) na gasolina, vai impactar diretamente no bolso da população, inclusive as pessoas que nem veículo tem para abastecer. O reajuste, segundo o petista, vai ser sentido no preço da cesta básica, por exemplo.

Almi usou a tribuna em sessão nesta quinta-feira (13) dizendo que a diferença na redução do etanol não é satisfatória. “O aumento do ICMS vai impactar toda população, com elevação no preço do frete que transporta a cesta básica, no vestuário. Sempre foi assim e sempre vai ser”, pontuou.

Conforme o petista, não é vantajoso abastecer no etanol. “A intenção (do governo) é fazer os veículos flex abastecerem com álcool, mas ainda não vimos esse preço baixar. Se a diferença não for compensatória, nada vai adiantar. Hoje, 80% dos condutores preferem abastecer gasolina”.

Cabo Almi citou que nos municípios do interior, o valor do litro da gasolina pode chegar a R$ 5. “Só nosso Estado aumentou assim, de R$ 0,23 a R$ 0,25 e no interior o preço final da gasolina ultrapassa os R$ 5. O governo deveria ter deixado apenas o aumento nacional, que sempre vem e só baixar o etanol para dar opção do incentivo”, constatou.

Lídio Lopes (Patriota) aproveitou o discurso de Almi e afirmou que ao invés do Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de e Lubrificantes) fazer outdoor com os rostos dos deputados que votaram a favor do aumento, deveria fiscalizar os postos de combustíveis. “O sindicato deveria acabar com a cartelização, porque ontem (12) tinha dono de posto quase sendo preso porque tava vendendo combustível com preço novo sendo que tinha estoque”.

Lopes afirmou também sobre o monopólio e os custos desnecessários. “É preciso o fim do monopólio da Petrobras, para que nosso etanol não precise sair daqui até Paulínia em São Paulo, carimbar papel e voltar. Isso tem preço. Teríamos o álcool a R$ 1,60 pela nossa produção”, ressaltou.

Líder do governo na Casa de Leis, (PP), defendeu que as reformas são necessárias. “Disseram que o petróleo é nosso, mas ele continua sempre caro. Não há mágica, temos que ter despesa menor que receita, por isso a necessidade das reformas, mas a maior parte dos impostos infelizmente ainda vai para a União”, ponderou.