Após repercussão, diretor do Hospital Evangélico pede desculpas por xingar prefeito

Após ser alvo de críticas nas redes sociais por gravar vídeo contendo palavras de baixo calão e reclamando da quarentena em Campo Grande, o diretor do Hospital Evangélico de Campo Grande – que é médico geriatra (especializado no atendimento a pacientes acima de 60 anos) e filho do vereador Dr. Antônio Cruz (PSDB) – postou […]

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Após ser alvo de críticas nas redes sociais por gravar vídeo contendo palavras de baixo calão e reclamando da quarentena em Campo Grande, o diretor do Hospital Evangélico de Campo Grande – que é médico geriatra (especializado no atendimento a pacientes acima de 60 anos) e filho do vereador Dr. Antônio Cruz (PSDB) – postou vídeo pedindo desculpas ao prefeito Marquinhos Trad (PSD).

Na primeira gravação, feita para criticar o isolamento social adotado na cidade para conter a disseminação do novo coronavírus COVID-19, Antônio Cruz Neto se gaba por ter três empresas e profere vários xingamentos com palavrões contra Marquinhos. A mensagem, que foi apagada logo após ser postada nos stories do médico, acabou circulando em outras redes e gerou onda de críticas pelo baixo nível. O resultado foi ‘puxão de orelha’ do vereador no filho, que neste sábado (28) fez nova postagem pedindo retratação pelos termos usados.

Segundo Neto, a primeira gravação foi feita ao sair de seu consultório no momento em que era realizada carreata embalada por Jair Bolsonaro pela reabertura do comércio. “O que acontece no contexto das gravações é que como moro em frente à prefeitura não conseguia chegar em casa, a Polícia estava fechando tudo no entorno. Estressado, fiz o vídeo xingando o prefeito”, contou o diretor do Hospital Evangélico ao Jornal Midiamax.

De acordo com ele, mesmo após ter sido apagada na sequência, a mensagem gerou ampla repercussão negativa. A retratação foi feita então como forma de desculpa pelas ofensas ao prefeito. A segunda gravação ocorreu após chamada do vereador Antônio Cruz. “Liguei para meu filho, chamei sua atenção, fiz uma repreensão, ele ouviu”, contou o vereador.

Apesar da postura do médico contra o isolamento social, o pai dele,  Antônio Cruz, ausentou-se de sessões na Câmara Municipal de Campo Grande por integrar o grupo considerado de risco para a doença. A tese de Neto, baseada no argumento que a população precisa expor-se ao vírus para adquirir imunidade, é rebatida pela OMS (Organização Mundial de Saúde), que determina o isolamento horizontal (de toda a sociedade) como melhor forma de conter a rápida propagação da doença. Já a tese de isolamento vertical, que consiste em separar apenas os grupos de risco, é criticada por infectologistas e tem sido descartada nos demais países do mundo que a adotaram e viram exponencial crescimento no número de casos e vítimas fatais.

A prefeitura foi procurada, mas não se manifestou em relação às ofensas de baixo teor feitas pelo diretor do hospital. O vídeo inicial não será postado por conter termos pejorativos e de baixo calão. Segue abaixo a ) retratação postada na tarde deste sábado (28) pelo médico:

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