O prefeito de Marquinhos Trad (PSD) rebateu às críticas feitas pelo à qualidade do asfalto e aos vereadores afirmando que as empresas têm razão ‘em partes' e reafirmou que não é contra uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Ônibus. As declarações foram dadas nesta quinta-feira (4) durante o anúncio de pacote de retomada de obras na cidade.

“A opinião deles [Consórcio Guaicurus] que eu posso rebatê-la dizendo que eles têm razão em partes, na questão da má qualidade da pavimentação asfáltica da nossa cidade. Com a questão da ausência de fiscalização dos parlamentares, eu discordo. Eles têm sido atentos e diligentes. Agora pergunte a eles [Consórcio] se não têm melhorado. Uma coisa é você não fazer nada. Outra coisa é você fazer melhorias e nós estamos melhorando”.

Sobre a CPI, o prefeito diz estranhar um pedido às vésperas das eleições municipais, mas afirma não ser contra a instauração de uma investigação na Câmara. “Pode fazer a CPI que quiser. Não tem problema nenhum quanto mim. O Consórcio que preste as contas”. Marquinhos disse que ‘quem não deve, não teme'. “Os problemas devem ser os mesmos de dois anos atrás. O que chama atenção é que numa véspera de uma eleição alguns parlamentares querem fazer a CPI. Não tenho nada a temer”.

Trad reafirmou que a Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) tem fiscalizado o Consórcio. “Todos os pontos em que eles [empresas de ônibus] têm deixado a desejar nós estamos notificando, abrindo procedimento para apurar e aplicar eventual multa”, garantiu.

CPI dos Ônibus

A Câmara dos Vereadores de Campo Grande recebeu na última terça-feira (25) uma proposta para criação de CPI para investigar as denúncias que se acumulam sobre o suposto descumprimento do contrato milionário de concessão do transporte coletivo urbano. O requerimento da CPI dos Ônibus já chegou com assinatura de cinco parlamentares.

Já assinaram o requerimento: Vinicius Siqueira (DEM), (PSDB), Cida Amaral (PROS), Dr. Loester (MDB) e Dr. Viana (PSDB). Um dos requisitos para abertura é o aval de 10 parlamentares.

Os vereadores que tentam atrasar a CPI defendem que é necessário tentar ‘outras formas' de diálogo antes de partir para uma investigação. Já os parlamentares que querem apurar a série de denúncias envolvendo inúmeros problemas no transporte coletivo de Campo Grande lembram que há dois anos tentam dialogar, mas são completamente ignorados.