O ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, deu um prazo de 24 horas para que o ministro da Economia, , informe se o (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), ligado ao Ministério da Economia, está investigando movimentações financeiras do jornalista do Intercept Brasil Glenn Greenwald.

O site tem divulgado troca de mensagens atribuídas a procuradores da Lava Jato e ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, então juiz da em Curitiba.

O despacho de Dantas foi baseado na representação do subprocurador-Geral do Ministério Público de Contas, Lucas Rocha Furtado, para apurar possíveis irregularidades no Coaf, que estaria verificando, a pedido da Polícia Federal, movimentações atípicas que pudessem estar relacionadas à invasão dos celulares de agentes públicos envolvidos com trabalhos da Lava Jato. “A motivação dessa investigação teria sido, mediante perseguição e abuso de poder, intimidar o jornalista”, diz o documento.

No argumento do Ministério Público de Contas e do ministro do TCU, se confirmada, a investigação do Coaf poderia caracterizar “grave desvio de finalidade” e dispência de recursos públicos. “Por óbvio, isso nada tem a ver com a prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo”, diz Bruno Dantas.

No despacho, o ministro também dá 24 horas para que o presidente do Coaf, Roberto Leonel de Oliveira Lima, se manifeste.