Assessoria

A senadora (MDB-MS), presidente da CCJ, criticou o tempo perdido em torno da opinião do ideólogo , considerado o guru do governo Bolsonaro. “O silêncio é a única resposta a se dar aos tolos.

Quando a ignorância fala, a inteligência não dá palpites, essa frase eu não sei de quem é, mas é mais do que oportuna. A crise está lá fora. Temos uma pauta prioritária e estamos discutindo a fala de uma pessoa que está paralisando o País”, reclamou durante a sessão do Plenário, desta terça-feira (7), na qual diversos senadores usaram os microfones para repercutir a troca de farpas entre Olavo de Carvalho e membros do governo Bolsonaro.

A senadora lembrou dos milhões de desempregados e desalentados, da falta de recursos para dar prosseguimento ao Minha Casa, Minha Vida, da necessidade de aprovação da reforma da Previdência. Ela disse que “a crise está lá fora” e cobrou uma atitude mais assertiva do presidente da República.

“Bolsonaro, nos ajude a ajudá-lo a construir um outro País. Nós estamos aqui paralisados porque Vossa Excelência não diz quem manda no Executivo. O núcleo militar, político e o econômico são, todos, fundamentais. E aqui eu falo com toda a tranquilidade de quem quer apoiar o Governo e quer que o País dê certo”, disse ao criticar a ingerência dos filhos do presidente no Governo.

“Capitão é quem manda. É preciso que o capitão Jair Bolsonaro determine, imponha, coloque o seu pensamento junto à sua equipe e, democraticamente, decida o que é melhor para o País e mande os projetos prioritários (ao Congresso)”, disse.

Para Simone, além da Reforma da Previdência, há a necessidade de avançar em relação ao Pacto Federativo, às 50 medidas de desburocratização e à reforma tributária.

Ela lamentou a informação de que o Brasil deixou de estar entre os 25 melhores países para se investir. “Vai faltar dinheiro vindo do estrangeiro, vai faltar dinheiro público, dinheiro privado, a economia vai continuar desacelerando se não tomarmos providência, se o presidente da República não usar o seu quepe de capitão, estaremos ladeira abaixo. É preciso que o capitão tome as rédeas e que nós possamos dar a nossa parcela de contribuição no Senado”.