Insatisfeito com a e sem espaço no 1° escalão do Governo do Estado, o agora ex-secretário de Cultura e Cidadania, Athayde Ney (PPS), anunciou sua saída da gestão Reinaldo Azambuja (PSDB). A extinção da pasta o fez recusar convite feito por Reinaldo para chefiar a Fundação de Cultura.

O pedido de exoneração, conforme Athayde, ocorreu antes mesmo da reforma ser aprovada na Assembleia Legislativa. “Aceitei, mas não considerava correto do ponto de vista. Achei que o conceito [junção de Cultura e Cidadania em pastas centrais da administração] deveria ser fortalecido”, critica.

Com ele, outros 20 servidores, exonerados no dia 1° de janeiro, não devem retornar aos cargos, como já pontuado por Reinaldo. Apesar de sua saída, ele garante que o PPS continua na base do governo.

“Reinaldo pediu para ficarmos até o final do ano, ele fez um grande trabalho, continuamos apoiando a grande construção, que foi uma alternativa aos governos do PT e do MDB. O PPS se mantém na base, no ponto de vista de acreditar no sucesso, mas saímos da administração, vamos deixar o governo livre para indicar outras pessoas”, reitera.

O comando da Fundação, por ora, segue indefinido, mas o tucano já adiantou que os nomes de fundações, agências e autarquias serão anunciados na próxima semana.

“Não sei quem ele vai indicar, [a situação da Cultura no Estado] vai depender muito disso, mas agora que já tem os marcos [Sistema Estadual e Plano Estadual de Cultura], então quem entra já tem que seguir esse novo conceito”, acredita.

Lembrando que a trajetória ao lado de Reinaldo começou em 2012, quando foi seu vice na disputa pela prefeitura, ele anuncia que sai do governo já pensando em disputar novamente o comando do Executivo Municipal, em 2020. Ele e Marquinhos Trad (PSD) – que já avisou que busca renovar a administração -, foram adversários em 2016.

‘Todos têm que se responsabilizar pela cidade, cada um tem seu papel. Você constrói a administração em cima de projeto por isso ela tem que ser maior que uma pessoa”, pontua.