Balanço divulgado nesta tarde pela PF (Polícia Federal) do Paraná informa que a Operação Rock City, 62ª fase da Lava Jato deflagrada nesta quarta-feira (31) conjuntamente ao MPF (Ministério Público Federal) do estado vizinho, aprendeu R$ 243.355 durante o cumprimento de mandados de busca.

Expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba, os mandados tiveram como alvos empresas e residências localizadas em cidades do interior de São Paulo e Rio de Janeiro, além de Belo Horizonte (MG) e Cuiabá (MT). Um mandado também foi cumprido em Mato Grosso do Sul, em , cidade localizada a 430 km de Campo Grande.

Além dos R$ 243 mil em todas essas cidades, também foram apreendidos diversas mídias, celulares, HD's, documentos e contratos de mútuo, segundo balanço da PF. Três pessoas foram presas, temporariamente, em Itu (SP), Boituva (SP) e Porto Feliz (SP).

Detalhes sobre os locais de apreensão e nomes envolvidos não foram revelados pela Polícia Federal, nem pelo Ministério Público Federal. Os crimes apurados na operação deflagrada hoje teriam sido cometidos entre por oito anos, entre 2006 e 2014, e somaram R$ 329 milhões em lavagem de dinheiro.

Operação Rock City

Em sua 62ª fase, a Lava Jato é denominada Rock City – cidade de pedra, em inglês – e apura o envolvimento de executivos do Grupo Petrópolis na lavagem de dinheiro desviado de contratos públicos, especialmente da Petrobras, pela Odebrecht.

Foram expedidos um mandado de prisão preventiva contra Walter Faria, controlador do grupo, e cinco mandados de prisão temporária contra executivos envolvidos na operacionalização ilícita de valores. Além disso, 33 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em empresas do grupo e residências.

Basicamente, o MP e a PF acusam Faria de receber da Odebrecht dólares do exterior e investimentos em suas empresas em troca de recursos em reais, e em espécie, para agentes públicos do Brasil como propina travestida de doação eleitoral.

Faria também seria o responsável por transferir, no exterior, valores ilícitos recebidos em suas contas para agentes públicos beneficiados pelo esquema de corrupção na Petrobras. A cooperação ilícita foi comparada a um “banco de propina”.