É preciso ouvir os dois lados. Essa é a fala dos deputados estaduais sobre o decreto Cota Zero, previsto para entrar em vigor em 2020. Cerca de 200 manifestantes pescadores e comerciantes que sobrevivem da , estão a caminho da ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) na manhã desta terça-feira (11), para conversarem com os deputados estaduais sobre o decreto do governo.

A medida limita a quantidade de pescado para pescadores amadores e matém cota de 5 quilos de pescado e aumenta medida mínima para captura de exemplares. O MPF (Ministério Público Federal) recomendou
que o governo estadual suspenda o decreto e refaça as pesquisas. Para o MPF, as medidas impactam a atividade de pescadores artesanais.

Segundo os manifestantes, isso vai prejudicar tanto os pescadores quanto comerciantes que vendem apetrechos de pesca e peixes. Os manifestantes querem que o governo acate a recomendação do MPF.

Segundo deputado estadual (PSDB), é preciso escutar os dois lados. “Existe a equipe do governo que diz que com a Cota Zero, os nossos rios serão repovoados de peixes em pouco tempo. Mas pessoas que trabalham na área serão penalizadas”.

Modesto informou que não pode penalizar um segmento em detrimento do outro. “Ambas as partes precisam entrar em consenso. O governo fez o decreto, não é projeto de lei, mas precisamos ouvir os dois lados”.

Cabo Almi (PT) está com os manifestantes e disse que quer abrir um diálogo com o governador (PSDB). “Queremos pedir a revogação do decreto alterando alguns artigos, que permita o pescador ribeirinho sobreviver, assim como a rede hoteleira e que não mate o turismo do nosso Estado”.

Antonio Vaz (Republicanos) também defende ser necessário ouvir os dois lados. “Reconheço a situação dos pescadores e também dos pescados, que cada vez diminui mais nos rios do Estado. Precisamos avaliar e conversar para que os pescadores não sejam prejudicados”.