Odilon de Oliveira, juiz aposentado e que atualmente está sem partido, foi o convidado desta segunda-feira (22) do Midiamax Entrevista e revelou que pretende ser candidato no ano que vem nas eleições municipais, além de comentar sobre a falta de estrutura para o combate ao crime organizado em Mato Grosso do Sul e garantir que nunca foi um político de esquerda.

Com mais de 40 anos de atuação como servidor público federal, o magistrado aposentado disse ter ficado feliz com a reaproximação familiar após deixar o trabalho e também retomar a advocacia.

Odilon também comentou a saída do PDT neste mês, mas garantiu decidir até setembro em qual partido deve se filiar. “Mantenho conversa atualmente com três partidos. É um namoro, estamos nos conhecendo, até para ver o posicionamento ideológico, para então eu decidir”, revelou.

No entanto, Oliveira descarta se filiar a qualquer sigla de esquerda. “Na minha filiação ao PDT, na presença de mais de 2 mil pessoas, eu disse que eu não sou um político de esquerda. Sou um político de centro”.

Ao comentar sobre a prescrição de diversos crimes, o magistrado aposentado disse que em dez anos a estrutura do crime aumentou no Estado, mas foram mantidas apenas duas varas federais especializadas.

“Falta estrutura desde a Polícia Federal até a Justiça Federal. Faltam juízes. Vontade há, e muita. Mas falta gente”, relatou.

Sobre o crime organizado, Odilon declarou que o PCC (Primeiro Comando da Capital) sempre vai vencer, ao comentar o enfrentamento ao crime organizado e a falta de investimento do governo federal na região de fronteira.

Governo Bolsonaro

Odilon acredita que o combate à corrupção tem sido uma promessa de campanha cumprida na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e também comentou a decisão do ministro Dias Toffoli. “Não quero criticar, mas é incompatível com a atual situação do país. O COAF é composto por servidores públicos, que tem a obrigação legal de encaminhar as autoridades competentes as situações irregulares ou suspeitas”.

Oliveira agradeceu os 47% dos votos que obteve em Mato Grosso do Sul, apesar de não ter trabalhado ao lado da máquina pública. “Não foi só a máquina pública estadual que atuou na campanha, mas também a municipal de várias cidades. Foi a campanha do tostão contra o milhão e, mesmo assim, obtivemos quase metade dos votos”, disse.

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