Imasul finaliza decreto sobre regimento para região do rio da Prata, diz governador
Águas do ficaram turvas após chuvas no final de 2018 (Foto: Divulgação/Seu Assis Camping e Balneário)

O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) está finalizando um decreto sobre o rio da Prata e de outros rios da região para evitar que situações como a degradação do brejão da Prata afetem outras áreas. A afirmação foi feita pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) durante entrega de maquinários agrícolas para e região.

O governador afirmou ainda que devem ser incluídos neste decreto os rios Formoso e Salobra. “Precisa ter uma conciliação ali de que dá para ter produção com sustentabilidade, cuidando do solo. O próprio município e o Estado olhar para as rodovias, porque muitas vezes o desaguadouro são as próprias rodovias, então deve-se fazer caixa de contenção, mata ciliar, terraceamento, curva de nível. Aí você protege melhor, então já tem um decreto que vai ser editado nos próximos dias para fazer todo um regimento específico para aquela região”.

Segundo pesquisa feita pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e exposta em no ano passado em – a 297 km de Campo Grande –, a região do brejão do rio da Prata, denominação dada a área da nascente do rio, perdeu 2 mil hectares desde 1984. Isso foi ocasionado pelo desmatamento e por construções de açudes e represas na área, feita por fazendas da redondeza.

A região está localizada entre os municípios de Bonito e Jardim. Devido ao dano ambiental o MP-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) abriu investigação sobre a degradação no rio, que, com as chuvas do fim do ano teve as águas limpas e transparentes modificadas para turvas e embarreadas.

De acordo com a (Polícia Militar Ambiental) este segundo dano foi causado porque as fazendas da região não possuíam estrutura de contenção que evitasse que a sujeira da propriedade desaguasse no rio da Prata.

Com o uso de drones, os policiais ambientais identificaram que a lama saiu de uma fazenda de soja, quando a enxurrada encheu uma represa de contenção da água de escoamento superficial. A represa não suportou a água, que carregou o barro para o rio. Em resposta a Justiça determinou o bloqueio financeiro dos proprietários das fazendas Rio Grande e Monalisa, até o limite de R$ 400 mil devido aos danos.