“Ditadura Nunca Mais” será protesto em repúdio a comemorações do golpe
Imagem feita em 1968 em episódio conhecido como Sexta-Feira Sangrenta. Segundo Jornal o Globo, jovem que caiu era estudante de Medicina e morreu logo após o tombo. Foto. Evandro Teixeira

Evento organizado pelo Facebook com 344 presenças confirmadas e 708 interessados foi criado para protestar na segunda-feira (1º) em frente ao prédio MPF (Ministério Público Federal), na Avenida Afonso Pena, em , contra as solenidades feitas em alusão ao militar de 1964.

Intitulado Ato Público em Defesa da Cidadania e da Constituição, o protesto questiona a postura de autoridades militares- incluindo o CMO (Comando Militar do Oeste) – que seguindo orientação do presidente Jair Bolsonaro (PSL) comemoraram o dia 31 de março de 1964.

Na ocasião, organizadores do protesto pretendem entregar representação para manifestar repúdio às celebrações do golpe.

A postura de quem fez solenidade alusiva à data descumpre recomendação do MPF. Após a ordem presidencial, o MPF em ação coordenada das Procuradorias da República em 19 estados – incluindo MS – e o Distrito Federal recomendou que não houvesse nenhuma manifestação relacionada à data.

Para o MPF, o presidente se submete à Constituição Federal e às leis vigentes, não possuindo poder discricionário de desconsiderar os dispositivos legais que reconhecem o regime iniciado em 31 de março de 1964 como antidemocrático.

Por determinação da 6ª Vara Federal do Distrito Federal, cerimônias relacionadas ao golpe militar foram proibidas. No sábado (30), o TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região concedeu liminar suspendendo a proibição. No CMO, a solenidade em alusão à data foi realizada na sexta-feira (29).