Com PP à deriva, vereador aguarda janela partidária para deixar partido e tem convite do PSD
A insatisfação de integrantes com o comando regional do PP pode levar o partido a perder representatividade da Câmara Municipal de Campo Grande. O vereador Valdir Gomes afirma que o “partido está à deriva” e aguarda apenas a janela partidária para definir que rumo vai seguir. Entre os destinos pode estar o PSD do prefeito […]
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A insatisfação de integrantes com o comando regional do PP pode levar o partido a perder representatividade da Câmara Municipal de Campo Grande. O vereador Valdir Gomes afirma que o “partido está à deriva” e aguarda apenas a janela partidária para definir que rumo vai seguir. Entre os destinos pode estar o PSD do prefeito Marquinhos Trad.
“Estou descontente no partido que estou pela forma que vem encaminhando as coisas. Do jeito que está o partido hoje para mim não serve mais”, disparou Valdir Gomes, em entrevista durante sessão da Câmara na terça-feira (12).
Atualmente, o PP tem três representantes na Câmara de Campo Grande, os outros dois são Cazuza e Dharleng Campos. A permanência de Valdir é difícil pela falta de diálogo com o presidente regional, o ex-prefeito Alcides Bernal.
“Estamos à deriva em tudo. A gente não tem diálogo, não tem liderança, a gente não tem nada”, se queixa o pepista.
O vereador diz ter recebido convites de diversos partidos, mas ainda espera como vai se desenhar o cenário com as trocas de membros entre legendas para tomar uma decisão. Ele planeja ficar mais quatro anos no legislativo da Capital. “Acho que mereço por aquilo que venho fazendo, pelo respeito que tenho pelos votos recebidos”, justifica.
Outros descontentes
Após a sessão da Câmara, Valdir Gomes e Cazuza se reuniram com lideranças do PP de Mato Grosso do Sul, na Assembleia Legislativa, para discutir a situação da legenda e demonstrar insatisfação com a direção regional do partido.
Segundo o deputado Evander Vendramini, há uma ansiedade dos filiados da sigla em relação às eleições de 2020. “Estamos a um ano do fechamento das discussões da próxima eleição e as pessoas não sabem o rumo do partido. Não tem orientação, resumindo, falta comando”.
Bernal
Após a reunião, Alcides Bernal declarou ao Jornal Midiamax que, antes de sua chegada, “o PP era um partido inexpressivo”. Até os mandatos daqueles que reclamaram de seu trabalho na presidência do diretório estadual foram conquistados com sua participação.
O mandatário disse ainda desconhecer a insatisfação dos quadros do partido, mas arriscou que deve tratar-se de motivos pessoais.
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