A solução para o imbróglio que envolve o pleno funcionamento da unidade de Trauma da Santa Casa de , pode estar próxima da materialização. Caravana composta pelos secretários Estadual e Municipal de Saúde, diretores do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) e presidente da Santa Casa, pleiteia desfecho para o impasse junto ao Ministério da Saúde.

Em agenda com o ministro (DEM-MS) nesta terça-feira (15), o grupo cobrou publicação de portaria autorizando o funcionamento completo da unidade, que, mesmo inaugurada, tem apenas 51 leitos disponíveis para atender a população.

“Se essa unidade atender em toda sua extensão, quase 130 leitos, incorporados aos serviços, teremos condições de enfrentar o principal gargalo da Saúde de Mato Grosso do Sul, que é o Trauma”, afirmou o secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende (PSDB).

Conforme Geraldo, o Ministério da Saúde alega que não houve tempo suficiente para publicação da portaria no ano passado. “Houve o encaminhamento por parte do Município, que é o gestor da Saúde, enviamos plano operativo da unidade, mas o Ministério alega que chegou muito em cima da hora e não houve tempo para publicação dessa portaria no ano passado”, conta.

Resende revela “pauta extensa” com Mandetta, que ficou de dar uma resposta à demanda tão logo converse com o presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Mandetta ficou de dar uma solução definitiva para essa questão da portaria e dos recursos que devem ser repassados pela União até segunda-feira (21)”, anuncia.

Prsenete na reunião, deputado Junior Coringa (PSD), que ganhou espaço na Câmara dos Deputados graças à saída de Mandetta, disse que o encontro também serviu para a cobrança de emendas parlamentares ‘travadas' pelo Governo Federal. “Vão fazer um levantamento, por hospital, de quanto essas emendas representam em números. Elas podem ajudar a desafogar a Saúde”, lembra.

Inquéritos

Apesar de inaugurado em maio de 2018, após 20 anos do início da obra, a unidade do Trauma tem capacidade para 126 leitos, dos quais 10 são de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), 24 para pequenos procedimentos, dois de isolamento e outros 100 de enfermaria, mas apenas 51 desses últimos estão em funcionamento, desde setembro, quando a obra foi concluída.

A demora na implementação integral da unidade é alvo de inquérito aberto pelo MP-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e as “dificuldades para o início do funcionamento” também é alvo de investigação do MPF (Ministério Público Federal).