Cerca de vinte servidores administrativos da Educação estadual foram à Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, na manhã desta quinta-feira (28), para protestar contra a ausência de revisão salarial prometida pelo governo do Estado em abril.

Na época, após quatro dias de greve dos servidores da Educação, o governo propôs incorporar abono salarial de R$ 200 ao salário dos profissionais em outubro deste ano. Sem a incorporação, o vencimento dos servidores fica abaixo do salário mínimo.

Para atender os servidores, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) prometeu enviar projeto de lei tratando da revisão até junho. O projeto ainda iria contemplar a incorporação de mais R$ 100 ao salário dos servidores até maio de 2019, e reajustar o auxílio-alimentação dos mesmos em R$ 100.

Entretanto, até o momento, nada do projeto dar entrada no Legislativo. “É uma vergonha o governador assinar compromisso e não cumprir”, declarou o deputado estadual Amarildo Cruz (PT), orador da sessão.

Amarildo pediu que os parlamentares assinassem um documento cobrando que Azambuja cumprisse o pacto e enviasse o projeto.  “Existe um pacto que tem que ser cumprido, fica feio criar manobra pra descumprir o que foi prometido”, afirmou o petista.

O parlamentar aproveitou ainda para cutucar deputados que supôs que não assinariam o documento. “Tem muita gente que trabalha muito e ganha pouco, e muita gente ganhando muito e trabalhando pouco”, declarou Amarildo.

O deputado afirmou ainda temer que “isso vire moda”, alegando que é costume que o Executivo assine compromissos para encerrar greves “que tem causa justa”, para depois não cumprir com aquilo que foi acordado com as categorias.

Além de Amarildo, os deputados Paulo Siufi (MDB) e Eduardo Rocha (PSDB) manifestaram apoio aos servidores e se comprometeram a assinar o requerimento cobrando o projeto do reajuste. O deputado Lídio Lopes (PEN) disse que faz coro aos servidores, mas decidiu não assinar o documento.