Presidente do PSD, o advogado Antônio Lacerda afirmou nesta terça-feira (17) que o partido está próximo da definição de aliança e disse não temer a chapa ‘inchada’ em uma composição com o PSDB, apesar do pré-candidato a deputado federal Fábio Trad não ter sido eleito em 2014 após fazer parte de uma coligação que não lhe favoreceu.

PSD não teme chapa 'inchada' com PSDB, diz presidente estadual
Presidente do PSD, Antônio Lacerda

“Não há nenhuma preocupação do partido com a questão do número de pré-candidatos. Se a gente analisar bem, existem uns dez candidatos competitivos para as oito vagas. Dos eleitos, o Zeca [do PT] é pré-candidato ao Senado”, contabiliza Lacerda.

O PSD conta ainda com mais uma ‘baixa’ da pré-candidatura a deputados federais já eleitos, mas não aponta quem poderia desistir da eleição. “Seriam então três, quatro não eleitos disputando por essas duas vagas”.

Em 2014, Fábio Trad era do então PMDB e ficou de fora da Câmara Federal, apesar de ter feito 12,6 mil votos a mais que o último deputado eleito, Dagoberto Nogueira (PDT), eleito por média pelo sistema de contagem proporcional das eleições.

Esse sistema que poderia alavancar votos em uma boa aliança política, mas também deixar de fora um dos candidatos, ainda que bem votados. Em 2014, por exemplo, Trad acabou prejudicado por ter na coligação o então deputado Marun, com 91.816 votos e Geraldo Resende, com 87.546 votos. Na época, todos eram do PMDB.

Essa é também a preocupação do DEM. Pré-candidato a deputado federal pelo PP, o ex-prefeito Alcides Bernal propôs nesta terça-feira (17) duas chapas de deputados federais para abrigar todos os pré-candidatos da proporcional na aliança com PSDB, DEM e PSD.

O problema é que a composição não agradaria ao DEM, que tem receio em fazer eleger apenas um deputado neste formato. O deputado Fábio Trad, que assumiu a vaga de Marun após o deputado se tornar ministro de Temer, preferiu não comentar sobre as alianças.