A PGE (Procuradoria Regional Eleitoral) pede ao TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) a impugnação do pedido de registro de candidatura do deputado estadual (PT) por condenação colegiada contra o parlamentar.

Com registro realizado pelo partido para a disputa pela reeleição, o procurador da República Marcos Nassar alega que há condenação contra João Grandão por crime contra a ordem tributária e também por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, fraude à licitação e formação de quadrilha.

De acordo com o pedido, entre os anos de 2003 e 2005 o deputado teria movimentado R$ 1.070.000,00 e declarado R$ 604.957,14. João Grandão foi condenado a ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente, suspensão dos direitos políticos pelo prazo de 9 anos, pagamento de multa e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios pelo prazo de dez anos em 2017.

A condenação é fruto do escândalo que ficou conhecido como a Máfia das Sanguessugas, em 2006. Na decisão do ano passado, a Justiça afirma que João Grandão frustrou os eleitores ao se envolver no crime e que os desvios na área da saúde pública causam grande prejuízo à parcela mais carente da população. “João Grandão foi eleito como representante do povo, e sua participação no esquema de desvio de recursos frustrou as expectativas tanto dos cidadãos que nele votaram, como nos demais membros da comunidade”.

A Procuradoria pede a apresentação da defesa de Grandão e após os trâmites o indeferimento do pedido de registro de candidatura.

A assessoria de comunicação do deputado informou que o parlamentar ainda não foi notificado sobre o caso ‘e, assim que citado, o jurídico irá tomar todas as devidas providências para garantir que a candidatura continue em plena vigência'.