Pré candidato ao Senado pelo Podemos, o pecuarista anunciou desistência da disputa eleitoral deste ano. O ex-presidente Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) era cotado para compor chapa com o juiz federal Odilon de Oliveira, candidato ao Governo pelo PDT, no entanto, declarou que dificuldades para atrair recursos e o espaço reduzido de tempo de campanha na tevê, foram fatores pontuais para a decisão.

“Vou adiar meu projeto. Não houve brigas ou mágoas, mas analisei e entendi que não posso bancar uma campanha apenas com meu CPF. Estou num partido pequeno que não tem tempo de tevê nem acesso aos recursos do fundo partidário. É uma disputa desigual que dificulta o surgimento de novas lideranças”, justifica.

O pecuarista pontua ainda a preocupação em deixar a administração dos negócios comandados por ele durante o período de campanha, o que em sua análise, poderia ser iminente sinal de risco. “É preciso encarar que o País enfrenta uma grave e aguda crise na economia e pra mim, que sou empresário, não estar à frente dos negócios em um momento como este pode ser sinônimo de sucumbir”, disse.

Mesmo com o anúncio da desistência à vaga do Senado, Chico afirma que a decisão é apenas um adiamento de planos e não descarta possível candidatura em outro momento. “Quem sabe daqui alguns anos”, afirma.

Segundo ele, a decisão foi comunicada antecipadamente ao juiz Odilon de Oliveira e à coordenação de campanha do pré candidato. Agora, o ex-presidente da Agrissul acredita que sua saída pode, inclusive, beneficiar o pedetista. “Quem sabe talvez agora ela possa fazer aliança com um candidato de um partido que tenha mais tempo de tevê ou de um partido maior”, conclui.

O comunicado oficial será feito no sábado (21), dia em que aconteceu a convenção partidária do Podemos.