‘Queremos reafirmar, de forma peremptória'

O ministro da Secretaria de Governo, , convocou uma entrevista coletiva hoje (23), no Palácio do Planalto, para afastar rumores de que a reforma da Previdência poderia ser votada em novembro, após as eleições. Ele refirmou afirmou que a reforma será votada em fevereiro, data estipulada em dezembro pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.Marun reafirma que votação da reforma da Previdência será em fevereiro

“Queremos reafirmar, de forma peremptória, a decisão e a disposição do governo em votar a reforma da Previdência ainda no mês de fevereiro. Qualquer notícia em contrário não tem sinergia com a realidade. É isso que trago, já que surgiram notícias de que o governo cogitava outro tipo de cronograma, e isso não condiz com a realidade das discussões que estamos tendo”, garantiu Marun.

O ministro responsável pela articulação política disse que a reforma será votada “de qualquer jeito” em fevereiro e mostrou otimismo na aprovação. “Nós vamos colocar em votação em fevereiro para ganhar. Temos a convicção de que teremos esses votos no dia 19 de fevereiro”.

As “notícias em contrário” a que Marun se referiu, surgiram de declarações do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na segunda-feira (22), divulgadas na imprensa, nas quais disse que a votação da reforma da Previdência poderia ficar para novembro.

Marun tomou cuidado para não desmentir o ministro diretamente. Questionado se as declarações do ministro da Fazenda atrapalham o governo, Marun adotou um tom diplomático. “O ministro Meirelles tem o desempenho fenomenal no Ministério da Fazenda, e o que aconteceu foi isso. Por não ter participado das últimas reuniões ele pode ter, em algum momento, colocado sua opinião pessoal. Mas ela não atrapalha, de forma nenhuma. Até porque a votação está sendo pilotada aqui no Planalto e na Câmara dos Deputados”.

Caixa Econômica

O ministro também comentou o afastamento de quatro vice-presidentes da Caixa Econômica Federal, por determinação do presidente Michel Temer, após recomendação do Banco Central. Para Marun, o afastamento é “contraditório”, uma vez que o afastamento e a “demonização” dos executivos se deu “após uma boa performance do banco”. No primeiro semestre, o banco registrou lucro líquido de R$ 4,1 bilhões, melhor resultado semestral da história.

“Fica esse gostinho amargo de que no momento em que a Caixa tem o melhor resultado da sua história são demonizados alguns vice-presidentes. É como o time ganhar o campeonato mundial e no outro dia demitir o técnico, o goleiro, o centroavante e o zagueiro. É um pouco incompreensível, mas nesse caso nos cabe respeitar essa situação”, disse Marun.