‘Reivindicação dos indecisos ainda poderia ser atendida'

O ministro da Secretaria de Governo, , minimizou nesta quarta-feira as declarações do relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA), sobre a possibilidade de mudanças no texto da reforma da Previdência.Marun: mudanças na Previdência só serão aceitas em troca de votos

Mais cedo, Arthur Maia afirmou que todo tipo de reivindicação dos indecisos ainda poderia ser atendida, contanto que não mexessem na espinha dorsal do projeto. O ministro Marun negou que tivesse recebido qualquer pedido de alteração, e alegou que mudanças só serão avaliadas em troca de votos favoráveis à reforma.

— Mudanças só serão realmente avaliadas, caso um número significativo de parlamentares queiram fazê-las e se comprometam a trazer votos para aprovar a reforma. Não existe nenhuma mudança definida, até porque não fomos procurados por nenhum grupo de parlamentares ou outro segmento. Agora, existem coisas que são “imexíveis”, que nós temos a convicção que não precisam estar no textos, como o fim dos privilégios e estabelecimento de idade mínima — afirmou Marun.

O relator da reforma da Previdência disse que o governo teria confirmado, até o momento, o número de 275 deputados que votarão pela aprovação do texto da forma como está. Este número, segundo Artur Maia, foi apresentado pelo próprio ministro Carlos Marun, em uma reunião sobre o tema.

Regimentalmente, para a aprovação da proposta, o governo teria que ter 308 votos. Indagado sobre como o governo estaria se articulando para conquistar os deputados indecisos e atingir a marca necessária, o ministro afirmou que não está fazendo contagem, mas que em fevereiro o governo terá esse número necessário de votos.

— Precisa contar os votos no momento da votação. Eu não estou fazendo uma contagem, tenho as minhas tabelas, com as minhas impressões, e mostrei aos colegas durante a reunião. Esse número de 275 (deputados) já representa um acréscimo de 25 parlamentares que se propõe a votar. Penso que é uma marca significativa no sentido de corroborar o que estamos dizendo, de que a sociedade está pressionando e os parlamentares estão se convencendo pela reforma — declarou Marun.