(Com Ludyney Moura) 

Em sigilo, o desembargador Paulo Fontes, da Quinta Turma do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) concedeu na última terça-feira (04) em sigilo o habeas corpus impetrado pelas defesas de Antônio Celso Cortez e André Luiz Cance.

De acordo com o advogado de Cance, José Wanderley Bezerra, o empresário foi liberado e está em casa. No caso de João Roberto Baird, também seu cliente, o pedido será feito ao TRF3 entre esta sexta-feira (07) e a próxima segunda-feira (10).

A fundamentação, segundo Bezerra, será a mesma que conseguiu a liberdade de Cance. Advogado de Antônio Cortez, Carlos Amaro afirma que o empresário não é laranja de Baird e que a PSG é, de fato, empresa de Cortez.
“O meu cliente e o Baird não têm nenhuma relação. São apenas conhecidos há mais de 40 anos. Há 25 anos que a PSG é do Cortez. Ficou provado ao desembargador que a empresa de fato presta serviços ao governo do Estado. Não tem isso de ser somente de ‘fachada’. Tem pessoas trabalhando, que recebem para prestar um serviço que existe. Por isso o Cortez foi liberado”, afirma.

Computadores de Lama

Foram cumpridos no último dia 27 de novembro 29 mandados, sendo quatro de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão, além do sequestro de valores nas contas bancárias dos investigados e empresas investigadas na sexta fase da Operação Lama Asfáltica, denominada Computadores de Lama.

As cidades alvo da operação foram Campo Grande, Jaraguari, Dourados e Paranhos. Ao todo, 100 policiais federais, 17 servidores da CGU e 33 servidores da Receita Federal participaram da operação.

Em todas as fases da operação Lama Asfáltica, 57 pessoas foram denunciadas, entre elas o ex-governador do Estado André Puccinelli, que está preso desde julho deste ano em uma das fases deflagradas pela Polícia Federal. Foram presos preventivamente João Baird, Antonio Celso Cortez, André Luiz Cance e Romillton Rodrigues de Oliveira.