Mesmo fora da disputa da eleição deste ano, já que ainda tem 4 anos mandato como senadora, Simone Tebet (MDB), líder do governo no Senado Federal, concedeu uma entrevista ao Jornal O Estado de S.Paulo e se mostrou contrária a uma eventual candidatura de Michel Temer (MDB), caso este não consiga viabilizar seu nome com reais chances no pleito.

“Sustento que, para o MDB ter candidatura própria, tem que ter um nome que efetivamente possa alavancar o partido, seja quem for. Nós temos que nos reconstruir, e a reconstrução passa necessariamente por dar passos lentos, avançar uma casa, em vez de duas, mirando um futuro mais distante. Não adianta forçar uma candidatura e arrastar consigo para baixo, puxar, diminuir a bancada no Congresso, candidatos a governador. Isso terá de ser analisado pelo partido com muita responsabilidade”, disparou Simone ao Estadão Conteúdo, que destacou que a parlamentar é a primeira mulher a ocupar a liderança do governo na Casa.

Temer e o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, são os nomes emedebistas que podem aparecer na disputa presidencial. Todavia, ambos ‘não decolam’ nas pesquisas, e o presidente enfrenta uma rejeição de seu governo que chega a 70% do eleitorado.

Para senadora sul-mato-grossense, o MDB é um partido regional, com forte atuação nos Estados, por isso consegue ter grandes bancadas na Câmara, Senado e eleger diversos governadores pelo país.

Em Mato Grosso do Sul, o ex-governador André Puccinelli é o nome do MDB para a disputa do governo estadual, e conta com apoio de todo o partido para tentar comandar o Parque dos Poderes pela 3ª vez.

Simone defendeu também que a convenção do partido aconteça ‘o mais cedo possível’, mesmo que seja necessário realização de prévias para definição dos candidatos, caso haja mais de um interessado na cabeça de chapa, já que além de Meirelles e Temer, o ex-senador Renan Calheiros também pode surgir como ‘presidenciável’ do MDB.