Após decisão do TRF3, Siufi diz que MDB tem que se posicionar com ‘cabeça fria e sem paixão’

Com a decisão do desembargador Maurício Kato do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) de negar a liberdade ao ex-governador André Puccinelli (MDB), ao filho e ao advogado Paulo Calves, presos desde a última sexta-feira (20), o deputado estadual Paulo Siufi (MDB) cobra um posicionamento “com cabeça fria e sem paixão” da diretoria executiva […]

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Após decisão do TRF3, Siufi diz que MDB tem que se posicionar com ‘cabeça fria e sem paixão’
(Foto: Beatriz de Almeida /ALMS)

Com a decisão do desembargador Maurício Kato do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) de negar a liberdade ao ex-governador André Puccinelli (MDB), ao filho e ao advogado Paulo Calves, presos desde a última sexta-feira (20), o deputado estadual Paulo Siufi (MDB) cobra um posicionamento “com cabeça fria e sem paixão” da diretoria executiva do partido.

“Confio na Justiça, vou continuar confiando e tenho certeza que o MDB vai ter que se posicionar. Temos que ver se ainda cabe recurso, quanto tempo levam esses recursos, e uma situação que tem que ser avaliada com cabeça fria e sem paixão”, disse a pouco ao Jornal Midiamax.

No despacho, o desembargador afirmou não visualizar “ilegalidade ou abuso de poder a que estejam submetidos os pacientes”. Kato disse que a decisão do juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara da Justiça Federal, que determinou as prisões, está fundamentada e não tem indícios de ilegalidade.

Supreso, Siufi também afirmou que teve acesso ao pedido de liberdade fundamentado pelos advogados André Borges e Renê Siufi e considerou a argumentação pertinente. “Soube agora a pouco da decisão, ainda não pude ter acesso a decisão e não sei no que o desembargador se apegou, mas vi a argumentação da defesa e entendi”. “Temos que preservar a família do Dr. André”, concluiu.

Ao Jornal Midiamax, o advogado Renê Siufi, que apresentou o pedido de liberdade ao lado do advogado André Borges, afirmou que ainda não teve acesso a decisão do desembargador. “Vou analisar a decisão e estudar qual será o próximo passo”.

Pedido

Outro ponto atacado pela defesa do ex-governador, presidente regional do MDB e pré-candidato ao governo estadual, é a cobertura midiática da prisão, sem que sequer tenha sido oferecido denúncia contra Puccinelli.

Para Renê Siufi e André Borges a prisão dos três ‘não se sustenta’, uma vez que o MPF (Ministério Público Federal) não apresentou nenhum fato novo que justificasse essa ‘situação extrema’, que causaram, segundo ele, uma ‘ilegalidade’ que deve ser reparada pelo TRF3.

“Cada novo dia vivido no ambiente degradador do cárcere representa um tormento de proporções incomensuráveis, tanto para os pacientes (um político respeitado e popular, notícia anexa, que deseja voltar a representar seu povo; dois conceituados advogados e professores)”, sustenta a defesa.

Além disso, os advogados lembram que a primeira prisão de André aconteceu em novembro de 2017, às vésperas da convenção do partido que daria o cargo de presidente regional do MDB, e que a ação da Polícia Federal desta vez acontece, novamente, pouco tempo antes da convenção regional do MDB, onde Puccinelli seria declarado pré-candidato ao governo, pela 3ª vez.

Prisão

Além do ex-governador, foram presos na manhã do dia 20 seu filho, André Puccinelli Junior, e o advogado João Paulo Calves, acusados pelo MPF (Ministério Público Federal), de lavagem de dinheiro e continuidade da prática de atos ílicitos, mesmo após a primeira prisão do trio, em novembro de 2017, na 5ª fase da Operação Lama Asfálitca, a Papiros de Lama.

Durante as investigações, agentes da PF, CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal, teriam encontrados provas de que o Instituto Ícones do Direito, empresa de Calves, mas que seria de Puccinelli Júnior, teria recebido recursos de propinas pagas pela JBS ao ex-governador.

Além da delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista, que implicaram Puccinelli, Zeca do PT e Reinaldo Azambuja (PSDB) como supostos beneficiários de um esquema de propina, pessoas que seriam operadores do esquema junto ao governo de MS também fecharam acordos de delação premiada no âmbito da Lama Asfáltica.

(Colaborou Aliny Mary Dias)

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