Prefeitura reduziu pagamento de gratificações

Vereadores defendem corte do que consideram “privilégios” concedidos aos servidores municipais de Campo Grande.

Líder do prefeito, Chiquinho Telles (PSD) pontuou que “haviam muitos privilégios” que poderiam agravar déficit mensal de R$ 34 milhões.

“É dolorido, mas necessário. Quem ganha até R$ 2 mil não vai afetar nada. Em momento de crise tem que entender. Se não se precaver vamos quebrar a Capital e o decreto pode ser suspenso”, ressaltou Telles.

Cortes anunciados pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD), na quinta-feira (25), incluem adicionais de alimentação, combustível e deslocamento de servidores que residem longe do local de trabalho. Gratificações foram reduzidas em um terço e salário dos secretários passou de R$ 17 mil para R$ 11 mil.

Presidente da Casa de Leis, João Rocha (PSDB) esclareceu que remédio amargo aplicado aos servidores foi implementado depois de estudo técnico e possui caráter provisório. “Tem que dar um crédito”, disse. Vereadores apoiam corte de ‘privilégios’ dos servidores municipais

Ainda que o decreto possa ser revogado, Vinícius Siqueira (DEM) defendeu que setores como publicidade e comissionais fossem cortados antes da gratificação dos servidores.

“É uma escolha política [do prefeito]. Todo mundo deve colaborar e a Câmara poderia cortar parte do duodécimo para ajudar o município”, sugeriu Siqueira, mesmo sabendo ser isso difícil.

Cargos e carreiras

​Vice-presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, João César Mattogrosso (PSDB), admitiu que em paralelo deve ser retomada discussão sobre o famigerado plano de cargos e carreiras para assegurar maior eficiência dos servidores municipais.

Chiquinho relembrou que esta é uma das promessas de campanha, porém em momento onde a sobrevivência sobrepassa os demais planos “a prioridade é salvar a cidade e tudo pode se discutir depois”.