Lista da Agetran teria 26 nomes repetidos 

Após solicitar uma lista a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito de Campo Grande) com o nome de todos os detentores de alvarás de táxi da Capital, o vereador Vinicius Siqueira (DEM) afirmou nesta quinta-feira (2) que vai propor a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a situação.

“Somente um nome aparece 26 vezes, o que indica que alguma coisa está acontecendo.  Vou me reunir com os vereadores na terça-feira, mas muitos já sinalizaram que querem mesmo a CPI e que vão assinar pela abertura”, avisou.

A lista, segundo o vereador, chegou há pouco e ainda não houve tempo hábil para a organização dos nomes e dados. “É o momento certo para ver se esses rumores são verdadeiros. Se existir mesmo um monopólio, será um serviço bom para os taxistas e para todos a averiguação”.

Nesta semana, o Jornal Midiamax expôs a situação dos motoristas de táxis, que precisam pagar ‘aluguéis’ aos verdadeiros donos dos alvarás para trabalhar.

A regulamentação do serviço do Uber, feita por decreto da Prefeitura de Campo Grande nesta semana, será proveitosa apenas para os donos dos alvarás dos táxis, afirmaram os ‘curiangos’, motoristas auxiliares, que pagam diárias aos proprietários regularizados pela administração municipal. Segundo eles, a única saída para que todos trabalhassem em pé de igualdade seria acabar com o oligopólio dos alvarás que existe há anos na cidade.

Em Campo Grande, uma única pessoa pode ter até 40 alvarás de táxi, deixando os motoristas reféns do oligopólio que detém as poucas licenças. Assim, os ‘curiangos’, para trabalhar, precisam pagar aos chefes. Na prática, regularizar a Uber é dar mais crédito aos ‘empresários’ do táxi na cidade.

Regulamentação

A AMU (Associação dos Motoristas de Uber) de Campo Grande impetrou nesta quinta-feira (2) um mandado de segurança para tentar derrubar o decreto anunciado pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD) que regulamenta o serviço na Capital.

Mesmo após a Prefeitura ‘aliviar’ as regras, devido à pressão popular pelo serviço, que é mais barato que o de táxi, a associação entrou com pedido por acreditar que ele limita o serviço dos motoristas. De acordo com as regras da Prefeitura, os motoristas terão 180 dias para regularizar a situação e ao invés de 490, o número de condutores vai ser elevado para 980.