Raquel Dodge pede liberdade de ex-assessor que acusa Geddel
Ex-assessor parlamentar está em prisão domiciliar
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Ex-assessor parlamentar está em prisão domiciliar
Em manifestação enviada ao ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu a liberdade provisória de Job Ribeiro, ex-assessor parlamentar do deputado Lúcio Vieira Lima, irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima.
Ribeiro está em prisão domiciliar porque teve as digitais identificadas pela Polícia Federal nos R$ 51 milhões apreendidos em setembro em um apartamento em Salvador atribuído a Geddel.
Em depoimento à Polícia Federal, Job Ribeiro afirmou que ajudou a destruir provas a mando de Geddel e Lúcio Vieira Lima; que a mãe dos dois guardava dinheiro vivo no closet; e e que ele devolvia parte do salário pago pela Câmara à família Vieira Lima.
No pedido ao STF, Raquel Dodge diz que a prisão domiciliar e o monitoramento eletrônico não são mais necessários porque Job Ribeiro “tem assumido comportamentos de quem efetivamente se dispõe a contribuir com as investigações, a não cometer crimes e nem praticar atos que coloquem em risco a ordem pública ou que frustrem a aplicação da lei penal”.
Ela ressalta, ainda, que ele não apenas confessou sua participação nos fatos como foi além: revelou supostos contextos criminosos, como também teceu detalhes de uma suposta associação criminosa criada para ocultar valores milionários decorrentes de corrupção, organização criminosa e de peculato.
Dodge lembra que Job foi exonerado da Câmara, “fato que desafiará sua retomada imediata ao mercado de trabalho para dar sustento a si e aos pais idosos e enfermos,cuja dependência já provada nesta investigação”, diz.
E que Job pretende apresentar provas do crime que narrou. Ele está tentando fechar delação premiada com a procuradoria.
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