Delação seria homologada pelo ministro 

O procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, deu uma breca para que o STF (Supremo Tribunal Federal) agilize a homologação da da Odebrecht, que iria ser homologada pelo ministro Teori Zavascki, morto nesta quinta-feira (19) em uma queda de avião.

O procurador encaminhou a presidente do STF, a ministra Cármen Lúcia, um pedido formal de urgência para apressar a homologação. Com isso, o conteúdo da delação pode ser revelado ainda durante o recesso do Judiciário, que vai até a próxima terça-feira (31).

Isso porque Cármen Lúcia é a plantonista do STF durante o recesso, e com o pedido de urgência, o caso passaria a ser analisado pelo plantonista. Ela e Rodrigo Janot já se reuniram, na segunda-feira (23), para discutir a questão.

A delação da Odebrecht é apontada como uma das mais reveladoras da Operação Lava-Jato. Os 77 ex-executivos da empresa já citaram nomes próximos ao presidente Michel Temer, e aos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff.

Porém a homologação da delação premiada ainda depende da corroboração por parte dos executivos de que os depoimentos foram feitos por livre e espontânea vontade, e também do ajustamento dos termos do acordo com os delatores.

A etapa de audiências com os delatores deve se estender até esta sexta-feira (27). A previsão era de que, antes da sua morte, o ministro Teori Zavascki homologasse a delação na volta do recesso do Judiciário, no início de fevereiro.

(sob supervisão de Ludyney Moura)