Entidades divergem sobre o decreto de regulamentação
Duas associações recém criadas e que se apresentam como representantes dos motoristas da Uber apresentaram pontos de vistas diferentes, durante a sessão ordinária da Câmara Municipal, nesta quinta-feira (2).
Mais exaltado, o presidente da Applic-MS (Associação de Parceiros de Aplicativos de Transporte de Passageiros e Motoristas Autônomos de Mato Grosso do Sul), Paulo Pinheiro, se disse favorável ao decreto que regulamento o serviço na Capital e criticou o presidente da AMU (Associação dos Motoristas de Uber), Wellington Dias.
“Vou desmarcar ele na frente de todo mundo. Quero ver qual nome está limpo. Estamos dando dinheiro para moeda estrangeira (sic)”, disse Pinheiro, que num primeiro momento se recusou a atender a imprensa por, segundo ele, ter sido preterido na entrevista, já que Dias foi o primeiro a ser procurado pelos jornalistas na Câmara.
O presidente da AMU negou que tenha problemas na Justiça e revelou que a associação, recém criada, ainda está no prazo para regularizar sua situação. Segundo Dias, em uma semana de existência a entidade já tem 125 filiados.
Já Pinheiro, da Applic, disse que representa oito aplicativos, que ele não soube precisar quais, e que sua entidade tem 15 membros na diretoria e 10 associados. “Eu sou representante do governo, do município e sou a favor da lei”, frisou.
O argumento do presidente da Applic é que se não limitar o número de motoristas o serviço perderá rentabilidade, gerando uma oferta maior que a procura. Para Pinheiro, o que seu colega da AMU quer é ‘ficar na clandestinidade’.
Wellington revelou que já ingressou com uma ação judicial para derrubar o decreto de regulamentação assinado pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD).
Um evento foi criado no Facebook contra o decreto de regulamentação, chamado de ‘Pró-UBER Campo Grande MS’, já tem mais de 21 mil convidados e está marcado para o próximo sábado (4) às 14h na Praça Ary Coelho.
(Matéria editada às 12h20 de 3 de março para correção de informação)