‘delação premiadíssima’ com os irmãos Batista foi controversa
O deputado federal e relator da CPI da JBS, Carlos Marun (PMDB-MS), emitiu uma nota em relação a recusa do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot para depor na CPI da JBS. Marun chamou de “lamentável a referida atitude” e disse que a “delação premiadíssima” com os irmãos Batista foi controversa.
Em ofício encaminhado ao presidente da comissão, Ataídes Oliveira (PSDB-TO), Janot alegou sigilo profissional para não comparecer. A audiência com o ex-procurador-geral estava marcada para esta quarta-feira (06).
A CPI tem prazo de funcionamento até o dia 22 de dezembro e, segundo o site Exame, a tendência é que a partir de agora não sejam realizados novos depoimentos, com o tempo sendo dedicado para a elaboração e votação do relatório de Carlos Marun (PMDB-MS).
Leia nota:
Em relação à recusa do procurador Rodrigo Janot em contribuir com o seu depoimento com os trabalhos da CPI da JBS, informo que penso ser lamentável a referida atitude. Até porque perde o Senhor Procurador uma oportunidade de esclarecer ao país as circunstâncias evidentemente controversas presentes no acordo de delação premiadíssima celebrado com os irmãos Batista. Em um momento em que o país clama por transparência e igualdade e em que se afirma que ninguém está acima da lei, atitudes como está sinalizam um preocupante pensamento em contrário.
Por fim, reafirmo que, com base nos depoimentos já prestados e na documentação recebida, necessitamos de poucas informações complementares para concluirmos o nosso relatório.