Projeto tramita há seis meses na Casa
Após briga generalizada por ofensas partidárias na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul na sessão desta terça-feira (06), dois deputados tucanos se desentenderam por um novo pedido de vista, antes da segunda votação, do projeto que proíbe a pesca e comercialização do peixe Dourado no Estado.
Mara Caseiro (PSDB) pediu vistas alegando atender solicitação de pescadores do cone sul do Estado, que afirmam que o Dourado não estaria prestes a ser extinto, causando indignação do deputado Beto Pereira (PSDB).
“Eu não aceito isso. Como? Não voto mais nada. O projeto está há seis meses na Casa. Tem deputado que precisa estudar”, relatou à mesa diretora. Um pedido semelhante foi feito na semana passada pelo deputado Herculano Borges (SD).
O tucano chegou a pedir à assessoria jurídica da Assembleia consulta ao regimento interno sobre o pedido e afirmou que no primeiro parágrafo do artigo 214 não haver permissão para um novo pedido de vistas.
Porém, o presidente da Casa Junior Mochi (PMDB) colocou o pedido em votação no plenário, que foi aprovado por maioria. Irritado, o deputado ironizou. “Respeito a decisão. Minhas desculpas à procuradoria jurídica da Casa. Rasgaram o regimento interno”. A deputada terá 24 horas para analisar o projeto.
O deputado foi vaiado pelo plenário, composto nesta terça-feira (06) por servidores públicos revoltados com o anúncio de reajuste zero repassado pelo governo do Estado.
Projetos
Nesta terça-feira foi aprovado o projeto da deputada Mara Caseiro que prevê leito separado para mãe de natimorto. A medida busca conceder tratamento digno e amenizar luto em hospitais das redes pública e privada de saúde.
Mara Caseiro (PSDB) justificou o projeto ressaltando necessidade de acompanhamento psicológico adequado as mulheres que, não raro, precisam repetir aos profissionais de saúde motivos da morte de seu filho ao lado de outras mães com seus bebês recém-nascidos.