Lama Asfáltica tem inquérito desmembrado por investigar políticos com foro
Antonieta Amorim alega que não foi convidada a depor
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Antonieta Amorim alega que não foi convidada a depor
Citada pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lama Asfáltica por sua ‘possível’ participação nos supostos esquemas de corrupção e desvio de recursos públicos, a deputada estadual Antonieta Amorim (PMDB), afirma que sequer foi intimada a depor. Ela não é a primeira política com foro a ter a investigação encaminhada a instâncias superiores.
O nome da parlamentar apareceu após a deflagração da primeira fase da Operação, em julho de 2015. Com o material apreendido e o desenrolar das investigações, feitas pela PF, CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal sobre ‘esquema de corrupção de servidores públicos, mediante a realização de fraude nas licitações e na execução dos contratos, desviando recursos públicos, inclusive federais’, iniciou-se uma nova etapa das apurações.
Quando deflagrou a segunda fase da Operação, a Fazendas de Lama, em maio de 2016, o inquérito teve que ser desmembrado, “considerando a possível participação da deputada estadual Maria Antonieta Amorim Trad nos fatos, os autos foram encaminhados ao E. Tribunal Regional Federal da 3 Região (TRF3)”, diz o relatório da PF.
“Não fui citada, não fui convidada a depor, não fiquei sabendo de absolutamente nada. Se eu fosse citada eu saberia. São especulações absurdas”, afirmou ao Jornal Midiamax a deputada Antonieta.
A Fazenda de Lama apurou os crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de capital, com aquisição de bens (algumas propriedades rurais) em nome de terceiros, além de saques de grandes quantias em espécie. Os contratos investigados envolviam mais de R$ 2 bilhões em investimentos.
A Lama Asfáltica já está na 5ª fase das operações, e no total já encontrou indícios de desvios que ultrapassam R$ 235 milhões, sendo que a força tarefa, PF, CGU e RF, já solicitou o bloqueio de bens dos investigados em cerca de R$ 500 milhões.
Antes de Antonieta, o ex-governador André Puccinelli (PMDB) e o ex-deputado federal Edson Giroto, também tiveram seus inquéritos desmembrados e enviados, à época, ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e STF (Supremo Tribunal Federal), respectivamente. No começo de 2015 os dois perderam o foro.
Nesta semana, o Supremo deve retomar a discussão que pode restringir o foro privilegiado no país.
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