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Política

Justiça nega uso de bens bloqueados de Puccinelli para fiança de R$ 1 milhão

Ele não pode falar com seu ‘gestor de negócios’
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Ele não pode falar com seu ‘gestor de negócios’

Ex-governador (PMDB) teve negado, em decisão publicada nesta terça-feira (16), recurso para utilizar bens bloqueados no pagamento de fiança de R$ 1 milhão. Medida restritiva, que inclui uso de tornozeleira eletrônica, deve ser paga ou resultará em prisão.

Decisão do juiz Fábio Luparelli, da 3ª Vara Federal de , ressaltou que nas investigações de crimes financeiros “o acusado não registra o patrimônio em seu nome, mas utiliza-se de terceiros  para esconder os valores recebidos ilicitamente. Logo, o fato de ter os bens que estão em seu nome bloqueados não significa dizer que é ‘impossível’ efetuar o recolhimento da fiança”.

Pedido da defesa para que fosse removida proibição de contato entre Puccinelli e seu procurador de negócios, Rodrigo de Paula Aquino, também foi negada pelo magistrado que questionou na decisão necessidade de gestor para bens bloqueados.

“Só reforça a possiblidade do investigado possuir condições de recolher o valor da fiança arbitrada. Frise-se que a fiança arbitrada no valor de R$ 1 milhão é absolutamente necessária face ao prejuízo até agora apurado no valor de aproximadamente R$ 145 milhões”, destacou.

Ao se considerar busca e apreensão de documentos na casa de Rodrigo, ficou mantida proibição de contato entre ele e Puccinelli até análise e emissão de relatório final da investigação conduzida pela PF (Polícia Federal), CGU (Controladoria-Geral da União) e RF (Receita Federal).

“Mantenho a decisão que decretou medidas cautelares ao investigado André Puccinelli integralmente. [..] intime-se o acusado para o recolhimento da fiança, no prazo já estipulado, isto é segunda-feira”, conclui despacho.

Operação

Ao todo, 270 agentes da PF, CGU (Controladora Geral da União ) e Receita Federal desenvolveram as ações da Máquinas de Lama, quarta fase da Operação Lama Asfáltica, nos municípios sul-mato-grossenses de Campo Grande, Nioaque, e Três Lagoas, além de São Paulo (SP) e Curitiba (PR). Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva, nove de condução coercitiva, 32 de busca e apreensão além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas.

A investigação tem como objetivo desbaratar Organização Criminosa suspeita de desviou recursos públicos por meio do direcionamento de licitações públicas, superfaturamento de obras públicas, aquisição fictícia ou ilícita de produtos e corrupção de agentes públicos. Os recursos desviados passaram por processos de ocultação da origem, resultando na configuração do delito de lavagem de dinheiro.

A nova fase da investigação decorre da análise dos materiais apreendidos em fases anteriores, reunidos com fiscalizações, exames periciais e diligências investigativas, as quais permitiram aprofundar o conhecimento nas práticas delituosas da Organização Criminosa. Restaram ratificadas as provas de desvios e superfaturamentos em obras públicas, com o direcionamento de licitações e o uso de documentos ideologicamente falsos a justificar a continuidade e o aditamento de contratos, com a conivência de servidores públicos. Os valores repassados a título de propina eram justificados, principalmente, com o aluguel de máquinas. As investigações demonstraram que estas negociações eram, em sua maioria, fictícias, com o único propósito de aparentar uma origem lícita aos recursos financeiros.

Detectaram-se também novas motivações para o pagamento de propinas aos servidores públicos e a consequente tentativa de lavagem de dinheiro, dentre os quais a obtenção de benefícios e isenções fiscais. Entende-se que os prejuízos causados pela Organização Criminosa ao erário, levando-se em consideração os sobrepreços e desvios em obras públicas e as propinas pagas a integrantes da Organização Criminosa tem um valor aproximado de R$ 150 milhões.

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