Empresa deveria ter entregue documentação nesta segunda
Os deputados estaduais da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul divergiram nesta terça-feira (04) sobre o pedido de mais 45 dias da empresa JBS para entregar os documentos solicitados pela CPI da Propina no Estado. A requisição será avaliada em votação na sessão desta quarta-feira (05).
Pedro Kemp (PT), membro da Comissão, disse acreditar que 20 dias seriam suficientes. Flávio Kayatt (PSDB) acredita que o pedido da empresa sugere que o pedido pode parecer uma ‘folga’ à empresa. “Existe um prazo a ser seguido. Ideal seriam 30 dias, não 45. Não podemos apertar e nem folgar tanto”.
Presidente, Paulo Correa (PR) acredita que os documentos já deveriam estar disponibilizados. “Se não colaborarem, vamos denunciar à delação. Se os documentos foram citados na delação, devem estar facilmente disponíveis”, disse.
Paulo Siufi (PMDB) considera pedido de busca e apreensão. “É ridículo e absurdo o pedido de dilação de prazo. Por que não entregar logo? Estão levando na brincadeira?”, questionou.
Mais prazo
O grupo JBS pediu a CPI da Propina, aberta no mês passado pela Assembleia Legislativa para apurar suspeita de cobrança de propina a empresas para concessão de benefícios fiscais do Estado, mais 45 dias de prazo para entregar cópia dos TAREs (Termos de Ajustamento de Regime Especial) firmados com o Governo do Estado.
A documentação foi solicitada pelos deputados há duas semanas e o prazo estabelecido pela comissão expirou nesta segunda-feira (03). Segundo ofício encaminhado nesta segunda-feira (3) pelo grupo J&F à CPI, documentação só poderia ser entregue no prazo de 45 dias contados a parir de hoje.
O grupo justifica o pedido de mais prazo afirmando que vários órgãos da justiça têm solicitado cópias de documento nas últimas semanas em razão do acordo de delação premiada firmada entre os irmãos Joesley e Wesley Baista com o Ministério Público Federal.